sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Um breve apontamento

O documentário "uma verdade inconveniente", realizado por Davis Guggenheim e interpretado pelo Sr. Al Gore tem como principal objectivo causar impacto alertando as nossas consciências à preservação do meio ambiente, os cuidados que deveríamos ter, as precauções que devemos tomar, penso que devia ser esse o objectivo pretendido, mas não é isso que se observa, trata-se de uma realidade constatável mas completamente alheia à nossa existência.

A sua principal base de argumentação são as crescentes emissões de dióxido de carbono provenientes da queima de combustíveis fosseis que têm vindo a aumentar desde que ocorreu a revolução industrial no final do século XVIII, há uma evidente tentativa de iludir o observador dando demasiado ênfase ao acréscimo de gás carbónico sem mencionar a restante constituição atmosférica e sua atracção molecular.

Tudo isto é feito de forma intencional distorcendo a verdade dos factos, dizer-se que a principal causa de todas as catástrofes ecológicas se deve ao aumento de dióxido de carbono provocado pela evolução humana é pura demagogia ou então ficção científica com muito pouca criatividade, o mínimo de bom senso seria o mais inteligente, Al Gore se possuísse algum conhecimento científico, depressa concluía que este assunto já foi explorado diversas vezes por outros protagonistas interessados em expor ideias controversas.

Se o objectivo è fazer propaganda tendo como finalidade divulgar a sua imagem, então era mais sensato falar de casos concretos, a poluição marítima provocada pelo derramamento de petróleo durante o transporte de crude, a desflorestação continua com aproveitamentos económicos causando danos colaterais no ecossistema, a persistente matança de animais no seu habitat natural sem qualquer protecção governamental, os embargos a países de menor economia com efeitos posteriores de subnutrição, a falta de ética pelos direitos humanos que deflagram em extermínio mais tarde confirmado mas prescrito, problemas que nunca são abordados de forma transparente mas sim de forma conveniente a quem faz política com contornos duvidosos promovendo a ignorância.

A questão do efeito de estufa há muito que é alvo de estudo, existem algumas teorias mas nenhuma revela prova definitiva, no entanto os movimentos do planeta em relação ao sol explicam 90% das catástrofes observáveis, o el Ninho por exemplo é um fenómeno que ocorre há pelo menos 3500 anos, aparentemente provocado pela precipitação de frentes frias nas águas profundas da América do sul, forma-se sempre que se manifesta uma erupção continental aumentando a temperatura da água no oceano Pacifico, a ocorrência está directamente ligada à precessão do planeta com um ciclo de 25.770 anos em que o eixo se vai inclinando a cada 18 anos.

Com uma inclinação de 23 graus em relação ao eixo o glaciar antárctico fica mais exposto à acção directa do sol, uma vez que a radiação solar é responsável pela produção de ozono seria de esperar um aumento de trioxigénio (O3), mas o que se observa é exactamente o contrario, as baixas temperaturas atmosféricas características nesta zona do hemisfério fazem o ar mais pesado descer para zonas de maior temperatura.

Pelo facto de o planeta ter um movimento de rotação o ar nos pólos desce em vórtex funcionando como dissuasor na electrosfera dos átomos de trioxigénio, o mesmo se devia observar no árctico mas a ausência de nuvens polares mantém a temperatura do ar mais elevada, estas nuvens são formadas por cristais de acido nítrico e água, a sua reacção com os compostos de cloro inertes formados na atmosfera quando associados a átomos de nitrogénio (N2) torna-se altamente reactiva, assim o cloro é libertado para o seu estado natural de uma constituição atómica de 17 electrões e igual numero de protões, é um átomo extremamente estável permanecendo na atmosfera sem sofrer qualquer alteração, a sua eficiência como catalisador na desagregação do 3º átomo de ozono pode atingir 100.000 num espaço de um ano.

A ozonosfera forma-se e destrói-se mantendo um equilíbrio dinâmico, a sua deplecção altera-se ao longo do ano sempre que uma descarga energética proveniente de ventos solares difunde a molécula de oxigénio (O2) para trioxigénio (O3), esta constante combinação molecular é responsável pela absorção de raios ultravioletas “UV”, na verdade não é o ozono que nos protege mas sim o permanente intercambio de átomos de oxigénio O3=O2+O, sendo “O” o elemento de atracção química molecular, ou seja, o ozono não é consumido mas transforma-se sucessivamente.

O aquecimento glaciar não está relacionado com os ultravioletas, acontece quando os raios infra-vermelhos atingem o planeta com maior energia, a atmosfera não impede a infiltração de fotões, se assim fosse não haveria luz, o efeito de estufa é uma consequência da baixa temperatura situada na 3ª camada da atmosfera 80km acima da superfície terrestre, na mesosfera a temperatura desce a -90º Célsius impedindo qualquer vaporização para o vácuo.

O clima é determinado pela quantidade de energia recebida do sol, a intensificação energética é maior no periélio em períodos cíclicos de 100 mil anos, actualmente também se pode constatar que em todos os planetas do sistema solar as temperaturas médias aumentaram nos últimos 1000 anos, é preciso não esquecer que uma estrela encontra-se no 4º estado da matéria, a fusão nuclear não é previsível.

Os níveis de dióxido de carbono e metano existentes representam 0,03% de uma atmosfera constituída por 78% de nitrogénio (N2) e 21% de oxigénio (O2), é extremamente tendencioso falar-se nos actuais 368ppm respeitantes a CO2 quando de facto representa 368 átomos por metro cúbico de ar atmosférico, para não falar que o ser humano apenas contribui com 6% desse total.

O dióxido de carbono é um constituinte da atmosfera terrestre de substancial importância sobretudo para a realização da fotossíntese, método pelo qual as plantas transformam energia solar em energia química, é um composto triatómico semelhante ao trioxigénio mas de menor atracção molecular, o principal elemento é o carbono em estado gasoso suportado por dois átomos de oxigénio, cientificamente sempre que aumenta o dióxido de carbono duplica o oxigénio, os organismos fotossintetizantes precisam filtrar o oxigénio e quanto mais dióxido de carbono absorverem mais oxigénio libertam CO2=C+O2.

Contudo é importante que haja preocupação na combustão de compostos orgânicos principalmente em condições de pouco oxigénio, a produção de monóxido de carbono (CO) acima dos 400ppm em circunstâncias de isolamento pode ser mortal, as alterações climáticas são uma constante da natureza, aproveitar esta realidade criando falsos mitos com proveitos lucrativos é lamentável.

Romão Casals

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