segunda-feira, 15 de março de 2010

Simultaneidade

Este trabalho baseia-se nos estudos que tiveram início na década de 70 tendo como intervenientes a Universidade da Califórnia em parceria com o observatório naval dos Estados unidos, trata-se de uma questão delicada onde o maior protagonista é a agência espacial NASA, o tema remonta à 6.000 anos e tem vindo a ser alvo de controversas afirmações que por força das circunstâncias ganha cada vez mais relevo nos meios científicos. O testemunho da antiga civilização suméria passado em escrita cuneiforme possui um inexplicável conhecimento matemático e astro físico, referem claramente cálculos e trajectórias precisas de onze corpos celestes que orbitam o Sol, ocorre que somente oito são do nosso conhecimento, sendo que foi descartado o longínquo Plutão incluído nos escritos sumérios.

O plano da eclíptica que Plutão descreve em torno do Sol é demasiado inclinado em relação a todos os outros planetas do sistema solar, mostra peculiaridades que só podem ser explicadas com a passagem periódica de um massivo corpo celeste, este misterioso objecto é descrito na antiga Mesopotâmia como sendo o 12º planeta que transita muito além da órbita de Plutão e passa a maior parte do tempo na cintura de Kuiper, ocorrência que foi constatada através de observação infravermelha com o satélite norte-americano (IRAS). Um descomunal astro com uma massa superior à de Júpiter, atinge um afélio doze vezes mais longínquo que a distância de Plutão ao Sol e está fora das constelações do Zodíaco, este fenómeno está a ser estudado no maior observatório do Chile (VLT) situado no hemisfério sul mas enquanto não terminarem as investigações não pode ser divulgado oficialmente.

Descoberto em 1930 foi denominado planeta da cruz, o nome deve-se ao facto de a sua órbita estar situada verticalmente em relação aos restantes planetas que orbitam a estrela Sol, formando um cruzamento com o plano solar da elíptica, foi observado na constelação de Orion e calcula-se que completa uma translação em torno do Sol a cada 3.600 anos, a civilização suméria descreve-o com significativa relevância, é mencionado em quase todos os textos astronómicos e é representado sendo a fonte de todo o conhecimento, no entanto, ao que parece, nunca lhe foi dada a devida importância, qualquer relato de origem suméria é transcrito como mitologia ou pertence de uma civilização guiada por crenças a Deuses criadores.

Em qualquer estágio da cultura situada entre-os-rios Tigre e Eufrates nunca o termo Deus foi utilizado; a compreensão de todos os acontecimentos quotidianos teve sempre uma explicação lógica, os sumérios foram sempre pragmáticos ao revelar a sua condição de servos colaborantes de um poder maior, eles explicam em detalhe que a origem da Terra foi a consequência de uma colisão entre sete satélites de Nibiru (o recente descoberto planeta X) e um outro planeta ao qual chamavam Tiamat, este estaria situado entre Marte e Júpiter e era praticamente coberto por água, a colisão de proporções apocalípticas dividiu Tiamat em duas proeminentes características, uma das partes fragmentadas desceu para uma órbita mais próxima do Sol e veio a dar origem ao planeta Terra, a parte restante foi praticamente pulverizada formando um enorme cinturão de asteróides que permanece entre Marte e Júpiter.

De acordo com um texto sumério, a Lua terá sido uma consequência dessa mesma colisão, mas com outra distinta magnitude, crê-se que após alguns anos a Terra ter adquirido uma forma praticamente esférica, parte significativa dos fragmentos de Tiamat encontrava-se perto do campo gravitacional do então recente planeta, foi então que aconteceu o que hoje chamamos teoria do impacto, um enorme fragmento atingiu violentamente a Terra duplicando a aceleração orbital momentânea, esta forte colisão mutilou toda a massa existente arremessando para órbita “pequenos” fragmentos que coalesceram e formaram a Lua.

Hoje não há indícios da colisão uma vez que na altura o planeta ainda só tinha 90% do seu tamanho actual, os restantes 10% seriam agregados com colisões posteriores bem mais pequenas, alem disso a própria gravidade da terra teve um efeito remodelador, qualquer depressão provocada após o impacto teria desaparecido, ainda assim, mesmo com uma teoria consensual sobre a origem da Lua, alguns cientistas hesitam em aceitar as observações de tais grandiosos conhecimentos ancestrais, contudo nunca retirarão o fascínio àqueles que de vez em quando contemplam o disco lunar que brilha e encanta no firmamento.

Um dos assuntos que no século XX gerou muita polémica, foi a ausência de uma explicação lógica para validar a descoberta com indícios e evidências de água no planeta Marte, embora que controversamente a pergunta a esta resposta teve-se sido feita há milhares de anos. Marte que estava numa órbita mais próxima do Sol, tinha então uma atmosfera composta e um grande oceano de água no estado líquido, o extremo aquecimento provocado perante a colisão entre “Nibiru” e Tiamat, vaporizou para o vácuo toda a água da superfície de Marte, actualmente ainda restam as calotas polares cobertas por água no estado sólido, esta incrível catástrofe galáctica foi confirmada com o fim da missão Near (sonda espacial da NASA) em Fevereiro de 2000, programa destinado a estudar a teoria das colisões cósmicas nos primórdios do sistema solar, desde então muitas têm sido as questões a respeito da próxima passagem do gigante celeste.

Para compreender a excentricidade da órbita circunscrita pelo enorme planeta, é preciso que a velocidade no periélio seja extremamente elevada, induzindo a uma inércia incrivelmente forte, mas este factor não é o bastante para explicar a longa viagem que o planeta tem nos confins do sistema solar, o mistério teria que ser explicado na presença de um sistema binário, parece descabido pensar que a estrela Sol pertence a um sistema binário, contudo a maioria das estrelas da galáxia Via láctea fazem parte de sistemas binários ou até mesmo triplos, de facto os sumérios descrevem algo particularmente estranho quando referem a descrição visual do astro, “planeta vermelho que parece um segundo Sol”.

Será possível esta descrição identificar-se com um planeta?

Os relatos sumérios são muito claros e revelam uma sabedoria desconcertante, têm uma importância estrema para a astrologia moderna, razão pela qual persistem as campanhas militares norte americanas no oriente médio, mas neste caso é provável que a descrição não tenha tido a interpretação mais correcta, o registo não refere Nibiru mas sim uma estrela, esta será talvez a forma cientifica que melhor se adapta nesta descrição.

O comportamento dos planetas do sistema solar, principalmente os menos massivos, adquiriu outra dimensão desde que Johannes Kepler desvendou as leis do movimento planetário, desde então o progresso na tecnologia do telescópio tem ajudado para que novas descobertas se tornem realidade, estes planetas sustentam um magnetismo inferior e estão susceptíveis a fortes campos gravitacionais quando se cruzam na projecção da eclíptica com astros maiores, um acontecimento raro, porem cíclico.

Suspeita-se que a trajectória de uma estrela anã vermelha, a quem adequadamente deram o nome de Némesis, esta directamente relacionada com a forte inclinação da órbita excêntrica de Nibiru, o comportamento deste planeta revela-se curioso quando comparado aos restantes astros do sistema solar, aqui reside aquele pode ser um dos maiores enigmas do universo.

Situada à distância de um ano-luz (9.46 triliões km) na nuvem de Oort, Némesis completa uma translação em volta do Sol a cada 26 milhões de anos, a aproximação desta estrela perturba a trajectória dos cometas que lá transitam, fazendo-os entrar no sistema solar interior em direcção aos planetas de maior atracão gravitacional, sendo Júpiter o primeiro alvo. Calcula-se que tem uma órbita elíptica alongada, o que a faz permanecer milhares de anos no que sobrou da nebulosa que deu origem ao sistema solar, um lugar extremamente gelado onde a temperatura é estabelecida 4ºC acima do zero absoluto (-273,15 ºC), determinante condição para que as moléculas se tornem impossibilitadas de reter calor, não existe movimento nem acção sob efeito de atrito, tendo como consequência matéria super fluída com propriedades diamagnéticas.

Na natureza o magnetismo é o efeito de cargas eléctricas em movimento, assim os átomos mantêm a polaridade positiva (iões+) e tomam direcções opostas quando repelidos com a presença do forte campo magnético da Némesis, este é o motivo pelo qual os cometas desviam a trajectória e precipitam-se na direcção do Sol. Júpiter “absorve” a maior parte dos cometas que entram no sistema solar interior, mas mesmo assim uma parte significativa consegue escapar à tremenda atracção provocada pela deformação temporal que o gigante gasoso provoca, a quantidade restante entra em rota de colisão com o segundo planeta de maior massa, a Terra.

O planeta azul mostra cicatrizes de violentos impactos ocorridos há milhares de anos, existe um em particular situado nas águas da península do Iucatão, é apontado como causador da extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos, não foi a primeira extinção em massa e não será provavelmente a última, a maior extinção em massa de que há conhecimento foi no permiano-triássico, na qual 95% das espécies do oceano e cerca de 80% das espécies em terra foram dizimadas, portanto já ocorreram momentos de extinção radicais que provavelmente se devem a factores externos, acredita-se que estes eventos acontecem em alturas definidas.

Alguns paleontólogos concluíram que estão perante um padrão muito estranho, as grandes extinções não aconteceram aleatoriamente, ocorreram em intervalos de tempo específicos e ao que tudo indica acontecem de 26 em 26 milhões de anos, os cálculos coincidem com o tempo de translação da estrela Némesis, mas será esta a causa para tais catástrofes?

Embora as evidências se mostrem interligadas não constituem prova definitiva; para isso teria que haver um reconhecimento oficial nos meios da astrofísica, além disso este tipo de fenómenos gera sempre a controvérsia necessária para que novas teorias sirvam interesses científicos, o mesmo aconteceu com a “oportuna” campanha em desacreditar a teoria da relatividade geral.

É óbvio que o profundo conhecimento de uma civilização que deixou pormenores detalhados em documentos astrológicos não está a ser deixado ao acaso, lembro que 5 mil anos antes de Nicolau Copérnico ter proposto a teoria heliocêntrica, os sumérios já compreendiam as leis da gravitação e descreviam com precisão todos os planetas do conjunto solar, os mapas que nos deixaram revelam não só a área de superfície de cada astro, massa, inclinação do eixo e período orbital, assim como a sua composição química e orgânica.

A tradução dos documentos sumérios começa a ser confrontada com a recente cadeia de acontecimentos climáticos que assolam o nosso planeta, a preciosidade destes textos milenares contêm dados de astronomia incrivelmente precisos, a confirmação de que o Sol e a estrela Sírios estão gravitacionalmente conexos evolucionando em torno da gigante azul Alcyone, veio confirmar a veracidade dos escritos mesopotâmicos.

Na verdade, o Sol é a 8ª estrela na constelação das Plêiades formando uma unidade cósmica, um mega sistema que perfaz uma revolução orbital em redor do centro da galáxia, este movimento repete-se a cada 200 milhões de anos, é composto por quatro ciclos onde o alinhamento nas elípticas das três estrelas fica em perfeita simetria com o núcleo galáctico, o 4º ciclo completa-se no ano de 2012 dando inicio a uma nova era planetária, o calendário Maia termina aqui.

Fica evidente que os manuscritos sumérios são reais e não se trata de mitologia, a previsível aproximação do planeta Nibiru terá progressivas consequências no clima da Terra, as mais desastrosas serão quando se cruzarem no plano da elíptica entre as órbitas de Marte e Júpiter, a força repulsiva do campo magnético dos planetas forma o equilíbrio evitando que colidam, mas Nibiru tem uma massa quatro vezes superior à da Terra e no momento do cruzamento as poderosas interferências magnéticas de Nibiru farão abrandar totalmente a rotação do planeta fazendo-a cessar durante um pequeno período de tempo.

A desaceleração contínua do planeta gera uma força contrária à acção do movimento do núcleo, criando um subsequente aquecimento na estrutura interior do manto, este aumento de temperatura manifesta-se através de actividade sísmica aumentando gradualmente a temperatura média do planeta, este processo pode prolongar-se durante décadas, trazendo alterações climáticas constantes e um lento deslocamento das regiões polares para outras posições, mas pouco se sabe em concreto dos reais efeitos que este fenómeno condiciona, a única certeza é a de que o Sol tem sofrido drásticas mudanças no nível espectral de energia, esta intrigante reacção deve-se possivelmente a poderosas explosões termonucleares determinadas pela fusão de átomos de hidrogénio (H2), transmitindo um crescente aquecimento coronal situado logo após a zona de convecção.

Tratando-se de uma estrela activa (classe G), o Sol reage a passagens celestiais massivas, injectando crescentes quantidades de plasma conhecidas por vento solar, e se uma tremenda magnetosfera proveniente de um gigantesco planeta interferir com o campo magnético solar, a energia cinética de partículas pode dar lugar a elevadas emissões de raios gama, o que síria catastrófico, no entanto são apenas meras suposições baseadas nos estudos teóricos de supernovas, ainda assim é um facto que o Sol tem uma ligação directa nas trajectórias pré definidas dos planetas.

Uma das particularidades que justificam as alterações no comportamento orbital irregular de Plutão, é precisamente a de se situar num percurso calculado, mantendo uma rota longe de aproximação com outro planeta em trânsito fora do conjunto solar, este enigma não está de todo solucionado mas as evidências continuam a ser registadas com a sonda russa Norlok.

A existência de um intruso desconhecido não é apenas mais uma grande descoberta, o interesse por este misterioso corpo celestial está relacionado com os hipotéticos distúrbios físicos que este pode trazer durante a sua passagem mas também com as impressionantes descrições referidas nos textos contemporâneos da antiga civilização suméria, supostamente este planeta esconde algum tipo de inteligência até agora desconhecida. Seja o que for que nos reserva o futuro, a questão está em saber qual destes eventos vai afectar o normal desenrolar da vida do nosso mundo, ou então será uma catastrófica simultaneidade de acontecimentos que podem, ou não, mudar o curso dos acontecimentos.

Romão Casals

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Um breve apontamento

O documentário "uma verdade inconveniente", realizado por Davis Guggenheim e interpretado pelo Sr. Al Gore tem como principal objectivo causar impacto alertando as nossas consciências à preservação do meio ambiente, os cuidados que deveríamos ter, as precauções que devemos tomar, penso que devia ser esse o objectivo pretendido, mas não é isso que se observa, trata-se de uma realidade constatável mas completamente alheia à nossa existência.

A sua principal base de argumentação são as crescentes emissões de dióxido de carbono provenientes da queima de combustíveis fosseis que têm vindo a aumentar desde que ocorreu a revolução industrial no final do século XVIII, há uma evidente tentativa de iludir o observador dando demasiado ênfase ao acréscimo de gás carbónico sem mencionar a restante constituição atmosférica e sua atracção molecular.

Tudo isto é feito de forma intencional distorcendo a verdade dos factos, dizer-se que a principal causa de todas as catástrofes ecológicas se deve ao aumento de dióxido de carbono provocado pela evolução humana é pura demagogia ou então ficção científica com muito pouca criatividade, o mínimo de bom senso seria o mais inteligente, Al Gore se possuísse algum conhecimento científico, depressa concluía que este assunto já foi explorado diversas vezes por outros protagonistas interessados em expor ideias controversas.

Se o objectivo è fazer propaganda tendo como finalidade divulgar a sua imagem, então era mais sensato falar de casos concretos, a poluição marítima provocada pelo derramamento de petróleo durante o transporte de crude, a desflorestação continua com aproveitamentos económicos causando danos colaterais no ecossistema, a persistente matança de animais no seu habitat natural sem qualquer protecção governamental, os embargos a países de menor economia com efeitos posteriores de subnutrição, a falta de ética pelos direitos humanos que deflagram em extermínio mais tarde confirmado mas prescrito, problemas que nunca são abordados de forma transparente mas sim de forma conveniente a quem faz política com contornos duvidosos promovendo a ignorância.

A questão do efeito de estufa há muito que é alvo de estudo, existem algumas teorias mas nenhuma revela prova definitiva, no entanto os movimentos do planeta em relação ao sol explicam 90% das catástrofes observáveis, o el Ninho por exemplo é um fenómeno que ocorre há pelo menos 3500 anos, aparentemente provocado pela precipitação de frentes frias nas águas profundas da América do sul, forma-se sempre que se manifesta uma erupção continental aumentando a temperatura da água no oceano Pacifico, a ocorrência está directamente ligada à precessão do planeta com um ciclo de 25.770 anos em que o eixo se vai inclinando a cada 18 anos.

Com uma inclinação de 23 graus em relação ao eixo o glaciar antárctico fica mais exposto à acção directa do sol, uma vez que a radiação solar é responsável pela produção de ozono seria de esperar um aumento de trioxigénio (O3), mas o que se observa é exactamente o contrario, as baixas temperaturas atmosféricas características nesta zona do hemisfério fazem o ar mais pesado descer para zonas de maior temperatura.

Pelo facto de o planeta ter um movimento de rotação o ar nos pólos desce em vórtex funcionando como dissuasor na electrosfera dos átomos de trioxigénio, o mesmo se devia observar no árctico mas a ausência de nuvens polares mantém a temperatura do ar mais elevada, estas nuvens são formadas por cristais de acido nítrico e água, a sua reacção com os compostos de cloro inertes formados na atmosfera quando associados a átomos de nitrogénio (N2) torna-se altamente reactiva, assim o cloro é libertado para o seu estado natural de uma constituição atómica de 17 electrões e igual numero de protões, é um átomo extremamente estável permanecendo na atmosfera sem sofrer qualquer alteração, a sua eficiência como catalisador na desagregação do 3º átomo de ozono pode atingir 100.000 num espaço de um ano.

A ozonosfera forma-se e destrói-se mantendo um equilíbrio dinâmico, a sua deplecção altera-se ao longo do ano sempre que uma descarga energética proveniente de ventos solares difunde a molécula de oxigénio (O2) para trioxigénio (O3), esta constante combinação molecular é responsável pela absorção de raios ultravioletas “UV”, na verdade não é o ozono que nos protege mas sim o permanente intercambio de átomos de oxigénio O3=O2+O, sendo “O” o elemento de atracção química molecular, ou seja, o ozono não é consumido mas transforma-se sucessivamente.

O aquecimento glaciar não está relacionado com os ultravioletas, acontece quando os raios infra-vermelhos atingem o planeta com maior energia, a atmosfera não impede a infiltração de fotões, se assim fosse não haveria luz, o efeito de estufa é uma consequência da baixa temperatura situada na 3ª camada da atmosfera 80km acima da superfície terrestre, na mesosfera a temperatura desce a -90º Célsius impedindo qualquer vaporização para o vácuo.

O clima é determinado pela quantidade de energia recebida do sol, a intensificação energética é maior no periélio em períodos cíclicos de 100 mil anos, actualmente também se pode constatar que em todos os planetas do sistema solar as temperaturas médias aumentaram nos últimos 1000 anos, é preciso não esquecer que uma estrela encontra-se no 4º estado da matéria, a fusão nuclear não é previsível.

Os níveis de dióxido de carbono e metano existentes representam 0,03% de uma atmosfera constituída por 78% de nitrogénio (N2) e 21% de oxigénio (O2), é extremamente tendencioso falar-se nos actuais 368ppm respeitantes a CO2 quando de facto representa 368 átomos por metro cúbico de ar atmosférico, para não falar que o ser humano apenas contribui com 6% desse total.

O dióxido de carbono é um constituinte da atmosfera terrestre de substancial importância sobretudo para a realização da fotossíntese, método pelo qual as plantas transformam energia solar em energia química, é um composto triatómico semelhante ao trioxigénio mas de menor atracção molecular, o principal elemento é o carbono em estado gasoso suportado por dois átomos de oxigénio, cientificamente sempre que aumenta o dióxido de carbono duplica o oxigénio, os organismos fotossintetizantes precisam filtrar o oxigénio e quanto mais dióxido de carbono absorverem mais oxigénio libertam CO2=C+O2.

Contudo é importante que haja preocupação na combustão de compostos orgânicos principalmente em condições de pouco oxigénio, a produção de monóxido de carbono (CO) acima dos 400ppm em circunstâncias de isolamento pode ser mortal, as alterações climáticas são uma constante da natureza, aproveitar esta realidade criando falsos mitos com proveitos lucrativos é lamentável.

Romão Casals

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Previsível aproximação

Como pode o universo existir sem ter sido criado?

É demasiado metódico e transcendente para se pensar que foi obra do acaso.

Mas se foi por acaso que toda a matéria como o hidrogénio, o hélio, o carbono e o oxigénio se fundiram para dar origem às estrelas e galáxias, como se explica o inicio?

Se reflectirmos um pouco podemos concluir que se de início não existisse nada, o tempo não fazia sentido, ou será que fazia?

Poderá existir nada?

Como pode isto ser compreendido?

Albert Einstein durante toda a sua vida tentou encontrar uma resposta, mas deixou-nos em 1955 sem sequer estar perto de poder pelo menos imaginar, no entanto deixou-nos um enigma, a descoberta da existência no cosmos de energias tão imensas que nem a sua física o podia explicar.

Foi em 1905 que Albert Einstein descobriu que todo o universo se deforma mediante o peso de cada astro, concluiu então que quanto mais denso for um corpo maior é a deformação do espaço-tempo, facto que se veio a comprovar no eclipse solar de 1919 quando as estrelas que emergem por de traz do Sol foram fotografadas no breve período de tempo em que este se encontra oculto pela Lua.

A deflexão da luz na presença de gravidade (manifestação da curvatura do espaço e do tempo) prevista pela relatividade de Einstein, corrobora a teoria muito claramente sem qualquer ambiguidade.

Mas então poderá existir tal incomensurável energia que o próprio tecido cósmico se deforme ao ponto de fractura?

Hoje tal como há 80 anos sabemos que os designados buracos negros são energias activas que esperam “devorar” tudo o que está em seu redor, incluindo estrelas no caso dos massivos e até galáxias inteiras no caso dos super massivos, a singularidade onde a física é empurrada até ao seu limite absoluto.

Para onde vai toda a matéria absorvida no horizonte de eventos?

Será plausível pensar que ao sair do universo “real” se materialize num outro paralelo?

Se assim for teremos um sem fim de ocorrências idênticas, que nos deixam muitas alternativas de voltar a ter uma oportunidade para pensar que tudo o que é real só o é porque assim o definimos. Seria um universo onde decorre uma versão diferente dos acontecimentos.

Contudo só sabemos aquilo que compreendemos, a maioria dos cientistas que estudam física nuclear afirmam embora com renitência que tudo teve início com o BIG BANG e que provavelmente terá um fim com o BIG RIP.

Sendo assim o universo estará em constante expansão, mas este tipo de raciocínio é o mesmo que terá alguém numa circunstância de lógica básica na esperança de querer ter uma resposta para tudo, mas sem a humildade de sequer ao menos dizer que não foi sua obra.

Não existem dúvidas de que a energia é a transferência de inércia entre duas massas, mas segundo a teoria mais aceite, toda a massa do universo se expandirá até à dissipação total das estrelas, com a ausência de calor (frio) tudo terá um fim.

Seguindo este raciocínio toda a energia se dissipará até à deflagrante extinção, contudo, fazendo um exercício mental, rapidamente obtemos a curiosa conclusão de que tal possibilidade é inconcebível, a energia pode transformar-se em massa que por sua vez garante que a conversão opere em ambos os sentidos (E=m.c2), deste modo a matéria permanece eterna revelando que a energia não se dissipa com o tempo.

Na interpertação actual da relação entre massa e energia, existe um engano largamente difundido que contraria a teoria da relatividade especial, afirma-se que parte da massa de um corpo desaparece quando duas particulas sub atómicas se fundem para dar origem a um atomo de menor dimensão, por efeito tambem a energia resultante dessa colisão é uma grandeza não conservada.

Albert Einstein abominava irreversivelmente este tipo de física que não deixa espaço para a quantificação (divisão da matéria em partes iguais QUANTA) e afirmou ate ao fim que o universo é estático ou eterno, de facto a massa desaparece justamente para se transformar em energia, exactamente aquela que aparece na radiação gama, nenhuma energia foi criada no processo, a energia é sempre conservada.

Não se trata de lógica, mas da existência de algo que mesmo tendo explicação, só o poderá ser feito quando tudo o que está ao nosso alcance se tornar plausível, será mais sensato afirmar que não sabemos do que se trata, ou então fazemo-lo por ser mais conveniente e não respeitamos o que foi feito por termos demasiado orgulho.

É óbvio que nunca poderemos saber uma resposta para a qual não temos a pergunta adequada, somos matéria do universo e como tal vamos permanecer assim, a constatação de um facto só é real se tivermos presentes no momento do evento, sobretudo se esse facto for verídico.

Agora que sabemos que nada sabemos, podemos iniciar a descoberta mas sem descorar a possibilidade de no universo existirem partículas ainda mais pequenas que os átomos, de tal forma que no seu interior não existe absolutamente NADA.

Ora se a gravidade é a deformação do espaço-tempo, então qual a sua constituição?

O que constitui o tecido cósmico?

Das quatro forças do universo só três podem ser quantificadas, electromagnetismo, força nuclear forte e força nuclear fraca, a gravidade transmite-se por partículas de massa igual ao fotão mas de carga eléctrica zero (Gravitão) não podendo ser avaliado o momento angular (spin) que define a orientação magnética, de facto só uma força contrária (constante cosmológica) pode completar o equilíbrio, tal como os positrões e os antiprotões (partículas elementares).

Podemos falar de anti-gravidade, algo que mantém a ordem no universo físico, ou então num sentido metafísico afirmamos que a constituição da matéria é igual à soma da antimatéria, neste campo o fotão é a energia resultante da aniquilação entre partículas sub atómicas (electrão e positrão).

O conceito de espaço-tempo por exemplo é tão simples como inseguro, se pensarmos em dois corpos com uma separação constante, depressa concluímos que espaço é a distância entre ambos e tempo é a quantificação na demora entre um e outro dependendo da propulsão existente, no entanto se unirmos dois pontos dobrando o planisfério, reduzimos o tempo para uma efémere viagem que de outra forma levaria uma eternidade no conceito anos-luz. Nesta perspectiva teríamos um número com mil algarismos elevado a si próprio a mesma quantidade de vezes, embora imenso deixa uma margem de possibilidade relativa não deixando de ser um paradoxo.

Inevitavelmente ao atingir a velocidade da luz (V=C) a massa de um corpo torna-se infinitamente grande, ao que inversamente relativamente a quem observa, o seu comprimento é igual a zero, com isto constatamos que o tempo é relativo, não existe o mesmo espaço de tempo para diferentes observadores que se desloquem relativamente uns aos outros, ou melhor dizendo existe uma dilatação de tempo.

Por consequência não existe distinção entre força de gravidade e efeito aceleração, se compreendermos estes dois princípios, verificamos que o tempo torna-se mais lento na presença de um forte campo gravitacional. Sendo assim tempo e massa depende da velocidade dos mesmos.

Poderei então concluir que espaço de tempo entre início e fim só é real se o quisermos quantificar, de outra forma ele é estático ou eterno se preferirmos.

Admitindo hipoteticamente que tudo isto acontece ao acaso, como posso decifrar algo que é imprevisível? Seria o mesmo que num jogo de cartas a vitória fosse sempre minha, se algo acontece ao acaso não pode ser uma constante?

Neste caso constata-se que as cartas foram criadas com um propósito, já a minha vitória é apenas um conceito sintomático, só é real porque eu desejo.

Sejamos coerentes, nunca em lugar algum da história da humanidade poderemos decifrar todos os segredos do universo.

Reparem que quando refiro o termo “segredos” já estou na presença de um verdadeiro indício de criação, não de uma criação ao acaso gerada pela explosão de um átomo primevo infinitamente denso (definição de BIG BANG), mas de uma criação na verdadeira ascensão da palavra (com um propósito).

Ironicamente o termo BIG BANG foi inventado por Fred Hoyle quando em sentido depreciativo se referia ao universo em expansão proposto por Jeorges Lemaitre. Uma vez que no passado o universo seria mais compacto a comunidade de cientistas adoptou o termo como base para explicar a criação, mas nem todos estavam de acordo, Einstein e Hoyle por exemplo preferiam um estado constante (desde sempre e para sempre), de facto ainda não se conseguiu determinar uma época em que não existissem galáxias.

A estimativa para a idade do universo varia de 10 a 15 biliões de anos, o que é muito pouco se tivermos em conta que o planeta terra tem 4 biliões de anos. Quanto ao BIG BANG não pode ter sido grande porque a teoria refere-se a uma singularidade inferior a um átomo e não ouve explosão porque não havia ar para transmitir as vibrações, portanto é uma designação inadequada e revela uma filosofia tendenciosa.

Edwin Hubble adoptou o conceito de universo em expansão baseado no facto de quase todas as galáxias indicarem um deslocamento para o vermelho (efeito Doppler), o que significa que a luz que recebemos é mais vermelha que a de origem, mas tal conclusão só deve ser tomada em conta se excluirmos o facto de as galáxias assim como todos os objectos cósmicos terem um deslocamento gravitacional em torno de um centro, o que provoca a uma perda de energia nos fotões por interacção com a matéria.

O mesmo se verifica na fusão nuclear que ocorre nas estrelas, dois protões tem uma carga positiva que exerce mútua repulsão electromagnética, para que haja fusão a temperatura tem que ser muito alta para que as partículas se movam a grande velocidade e se tornem suficientemente densas fundindo-se literalmente num só átomo (nucleossintese).

No caso são núcleos de hidrogénio (protões livres) que colidem devido à enorme pressão e formam átomos de hélio, neste processo de fusão o átomo resultante é ligeiramente menor que os de origem, a massa que aparentemente desaparece é transformada em energia, deste modo conclui-se que a cada instante existe na matéria um subsequente decaimento radioactivo, portanto é perfeitamente possível que o vermelho visível no comprimento de onda das galáxias se deva ao facto de também a luz se diluir ao longo do percurso temporal.

É perfeitamente normal que toda a massa do universo se afaste em direcção a um centro, ao que inversamente também se aplica a quem esteja nesse mesmo centro. Dizer que toda a matéria se expande não corresponde ao mesmo princípio de realidade proposta pelo mesmo criador.

Tudo depende do modo como queremos interpretar as leis da física, mas não devemos especular sobre algo que não nos leva a compreensão alguma. Para se afirmar que espaço-tempo se expande continuamente, tem que se saber em primeiro lugar quais as propriedades da matéria que constitui o vácuo, de outro modo arriscamo-nos a cair num ridículo de afirmações controversas.

Por outras palavras também posso afirmar que as galáxias vão cair no NADA por culpa da dilatação dos GRAVITONS.

O mais inteligente é pensarmos sobre os padrões de uma referência credível para que haja evolução no raciocínio lógico, só assim se pode entender o pensamento de DEUS.

Isaac Newton por exemplo explicou a gravidade mas não a compreendeu, embora tivesse dado um grande contributo á humanidade com (PRINCIPIA MATHEMATICA) em 1687, preferiu deixar de fora um fenómeno até então incompreensível.

Só em 1905 outro génio se debruçou sobre o assunto, por ser o único objectivo de vida e com grande paixão embora trabalha-se num escritório de patentes, Einstein mesmo não sendo cientista, imaginava correr ao lado de um feixe de luz.

É nesse mesmo instante enquanto viajava de autocarro que viu o famoso relógio de Berna parar num lapso temporal, nesse momento pensou:

- Descobri um segredo do universo!

Um momento de sorte inspirado pela grandeza de ser parte de um criador, revela-nos uma profecia.

É preciso compreender que este pensamento que invade a sua consciência é o mesmo que o amor ou o ódio, a alegria ou a tristeza que são na verdade parte essencial da realidade do universo.

No entanto a ciência mesmo não tendo conhecimento da sua origem, desconsidera-os por conterem elementos de filosofia ou religião, felizmente há sempre alguém mais iluminado que escuta o murmurar do outro lado espectral.

Estes valores diferem em muito dos obsoletos raciocínios de hoje.

Einstein pode ter estado na iminência da maior descoberta da história, mas por força das circunstâncias esse segredo morreu com ele, na verdade nunca conseguiu convencer o mundo da ciência a respeito dos seus revolucionários pensamentos, percebe que irá ter que combater mais de dois séculos de pensamento científico e o seu herói Isaac Newton.

O que acaba por lhe dar uma pista é a experiência do pensamento, a ciência é feita por instinto, tem-se rasgos de lógica, é esse o poder de um génio.

Tentou unificar a teoria da relatividade geral com o electromagnetismo para explicar as constantes físicas da natureza (teoria do campo unificado), mas teve que ocultar esta descoberta para não arriscar a sua reputação, pois a comunidade científica ainda estava a debater a veracidade da sua teoria da relatividade e quanto mais atenção Einstein recebe mais a sua teoria é posta em causa.

Foi só em 1922 que anunciaram o seu prémio Nobel, uma das ironias é que nunca o conseguiu por causa da teoria da relatividade, em vez disso Einstein recebe o Nobel pela correcta explicação do efeito fotoeléctrico, esta trabalho torna-se a base da mecânica quântica e revela os segredos do átomo.

Os ensaios prosseguiram sempre na esperança de compreender não a luz que brilha mas o que se esconde na escuridão, a energia escura e repulsiva que estabelece a ordem no universo, compreender esta realidade é fundamental para descobrir o que na verdade se passa.

Deu-lhe o nome de constante cosmológica para uma melhor compreensão e foi o seu maior erro, as interpretações que lhe foram dadas ainda hoje são contraditórias, ao contrário do que se possa pensar a energia negra não se refere à expansão mas sim ao electromagnetismo produzido pela rotação das galáxias, um factor determinante para que seja visível apenas uma parte da realidade física.

Quando se medem os movimentos centrífugos das galáxias constata-se que a velocidade é superior à quantidade de matéria efectivamente observável, esta não reflecte a estimativa de massa luminosa que teria de ser 160 vezes a realmente existente, só assim se explica a quantidade total de gravidade presente em todas as galáxias, o que justifica essa mesma velocidade aleatória.

Qual o factor que influencia estes movimentos?

É surpreendente, mas o cosmos não se resume a átomos e partículas subatómicas, existe algo mais, calcula-se que terá 10 vezes o volume da matéria iluminada, não interage com a luz e tem força suficiente para manter constante a velocidade de rotação. Desvendar este mistério pode significar a revelação do destino que nos traz o poder do universo, resumido em uma só única equação.

No cosmos o electromagnetismo propaga-se sob o efeito de ondas geradas pelo movimento de partículas dotadas de uma carga eléctrica (electrões), quando a carga oscila o campo eléctrico é perturbado e propaga-se sob a forma de onda, o seu comprimento de onda é alterado mediante a frequência (numero de oscilações por segundo) que varia em função do comprimento.

No vácuo todas as ondas electromagnéticas viajam a trezentos milhões de metros por segundo (3x108 m/s-1), portanto o que determina a frequência é o intervalo de tempo de cada fotão da mesma polarização (constante de Planck 6.6x10-34 j/s).

Agora vejamos o que nos diz Einstein…

Todo o universo é formado por luz a uma velocidade constante, as fontes de luz visível emitem radiação térmica onde a partícula mediadora é o fotão, um quantum contínuo de energia que pode ser dividido em partes iguais, geralmente está associado a estrelas onde as temperaturas são muito elevadas gerando a incandescência, mas a luz também pode ser emitida através de astros que não produzem energia cinética de partículas, estes sustentam temperaturas relativamente baixas ou até mesmo nulas, esse fenómeno é denominado de luminescência.

O fotão é uma partícula sem massa, é um espectro de energia dinâmica ressonante embora só conheça linhas rectas, está em todos os campos da física quântica e pode ser a resposta a quase tudo, incluindo as viagens no tempo. Tem a particularidade de mudar o espaço de tempo em que nos situamos, ele é flexível, é um efeito misterioso que se revela intemporal no limiar da realidade.

Nos vivemos no presente, estamos presos neste momento a que chamamos “agora”, pelo menos estávamos, até ao instante em que escrevi esta palavra, é nesta mesma perspectiva que se baseia a viagem real e pratica no tempo, não é uma inconsistência, está tudo relacionado com a velocidade da luz, uma 4ª dimensão não perceptível à qual teremos dificuldade em compreender a razão de estarmos em dois lugares ao mesmo tempo, esta é a teoria da relatividade.

A galáxia M31 gera um campo magnético de tal forma intenso que distorce o espaço à sua volta, este fenómeno pode ser confirmado pelo jacto de partículas de alta energia observados em raio-X, o que determina este evento é a sua elevada rotação provocada pelo super massivo situado no seu interior, estes buracos negros intrinsecamente densos podem conter uma massa biliões de vezes superior à do sol.

Embora esta galáxia só possa ser vista como era há dois milhões e quinhentos mil anos atrás, leva-nos a crer que num futuro “próximo” a colisão com a via láctea é inevitável, isto porque o tempo esta distorcido em seu redor (lente gravitacional) e não conseguimos vislumbrar a sua real distância.

Então como se explica tal fenómeno?

Não se sabe…

Quando se estuda física de partículas chega-se a uma desconfortável conclusão, os electrões não têm a mesma localização no mesmo espaço de tempo, podem estar em todos os lugares e ao mesmo tempo em lugar algum, simplesmente não é possível especificar a sua posição no interior de um átomo.

Ou seja; podem situar-se em mais de um lugar no mesmo instante de tempo.

Se um determinado quark (unidade de carga do electrão) ao deslocar-se de um ponto A para um ponto B não precisar de tempo, então a velocidade da luz é o seu limite inferior, o mesmo será dizer que troca de dimensão por período indefinido à nossa realidade. A única conclusão a que se pode chegar, é que a matéria não existe apenas no nosso universo, ela pode viajar para a existência em outros paralelos, o que significa que existe memoria nas partículas elementares da matéria.

Para isso só pode haver uma explicação, a existência da imortalidade do espírito, o momento único prevalece estático na constante presença da eternidade, não existe passado presente ou futuro, tudo se passa no mesmo instante com condicionantes diferentes, o tempo é apenas uma ilusão que tem um propósito.

Contudo a teoria da relatividade ainda é vista como a teoria da incerteza, se assim continuar então chegamos ao ponto em que nada faz sentido, a prepotência de alguns ao descartar esta realidade alegando novas teorias que não passam de ficção científica, condenam-se a si próprios por também eles adoptarem certos pressupostos filosóficos da teoria da relatividade quando lhes é mais conveniente.

A tão esperada teoria do “absoluto” esvaiu-se em fumo por não nos ser possível ouvir o criador, apenas nos resta a teoria do NADA.

Romão Casals

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Um dia difícil

Há momentos em que as coisas não me correm particularmente bem, foi o que aconteceu um dia destes.

Acordei às 10 horas, o despertador termoestático tocou quando sentiu o meu corpo subir 2 graus Célsius devido à luz do dia.

Levantei-me, fui ao quarto de banho para me lavar e logo reparei que não havia água.

E agora como é que me vou desenrascar! Exclamei eu, foi então que me lembrei de ir à garagem do prédio buscar água a uma torneira que lá existe para lavar carros, a princípio lembrei-me de levar um balde para transportar a água mas rapidamente cheguei à conclusão que teria que fazer muitas viagens até encher a banheira e ainda por cima moro no 3º andar.

Era uma situação embaraçosa que eu resolvi de forma pouco ortodoxa, ligando os tubos de água do vizinho do lado ao meu contador fazendo-o assim ficar sem água enquanto eu tomava um banho de hidromassagem.

Correu tudo bem até que eu tive a infeliz ideia de ir buscar a aparelhagem portátil para ir ouvindo música, pois assim tomaria um banho mais confortavelmente.

Não demorou muito tempo até ter ocorrido um acidente, o aparelho que estava pousado ao lado da banheira caiu para dentro desta fazendo-me ficar electrocutado.

Depois de muito estrebuchar por sorte consegui que o cabo que ligava à tomada se desligasse, mas não me livrei de queimaduras graves.

Era obvio que tinha que ir ao hospital, mas como não tinha tomado o pequeno-almoço fui à cozinha com muito esforço e coloquei um copo de leite no microondas, mas regulei-o de forma a me dar tempo de ir de novo ao quarto de banho para fazer umas necessidades fisiológicas.

Estava eu descansado a ler um livro do Mickey quando ouço um grande estrondo na cozinha, claro que era o microondas que tinha estourado, levantei-me rapidamente sem mais nada, pois não me dava tempo não fosse haver algum incêndio, quando tropeço no chão encharcado do quarto de banho e bato com as beiças no chão.

Ora com todo este estardalhaço ouço tocarem à porta, mas como tinha os dentes partidos fiquei um pouco embaraçado e fingi que tinha desmaiado.

É então que depois de mais alguns toques ouço dizer:

- Polícia, abra imediatamente ou temos que arrombar.

Eu deixei-me estar esticado no chão, mas o inevitável aconteceu, eles entraram juntamente com o vizinho do lado a quem eu estava a roubar água e viram-me naquele estado miserável, ainda por cima de barriga para baixo.

Levantei-me devagar para simular que estava muito combalido e disse:

- Não me estou a sentir muito bem.

Mas o polícia passou por mim em direcção à cozinha que estava em chamas e disse para o meu vizinho:

- Chame os bombeiros que temos aqui um incêndio.

Entretanto perguntou-me o que se passou, como não sabia bem o que responder fingi não ter ouvido, o que não foi muito boa ideia porque só confirmava a minha culpa em relação ao roubo de água.

Tentei disfarçar e perguntei se ele queria um cafezinho, foi aqui que estraguei tudo, porque das duas uma ou era algum atrasado mental ou estava a insultar a sua inteligência.

- Está a brincar comigo? - Pergunta o polícia.

Neste instante a minha esposa acorda vem ter comigo e diz:

- Que barulho é este?

Eu aproveitei a deixa e continuei:

- Vê lá tu como são as coisas, este senhor arrombou-me a porta incendiou a cozinha e ainda por cima partiu-me os dentes.

A minha mulher começou aos gritos pegou no candeeiro que estava pousado no móvel da sala e partiu-o na cabeça do polícia fazendo-o cair no chão sem sentidos, o vizinho que ainda se encontrava à porta, com medo que fosse ter a mesma sorte fugiu.

Já ela tinha acalmado, quando para azar o meu vê o chão do quarto de banho encharcado e começou novamente a gritar, mas como eu sei como ela é disse:

- Ó querida isso foi o vizinho!

Mas ela parecia possessa, saiu disparada em direcção à casa do vizinho e começa aos pontapés à porta, nesse momento chegam os bombeiros que de imediato apagam o fogo com um extintor que eu tenho na cozinha e dizem:

- Amigo isto é fogo posto.

Eu respondi – Isso deve ter sido a minha mulher, já não é a primeira vez!

E diz o bombeiro – o senhor quer participar?

Eu respondi – deixe lá ela sofre de um pequeno atraso, não vê o que ela está a fazer à porta do vizinho?

O bombeiro respondeu – de facto ela não é muito normal, se calhar seria melhor interná-la.

Peguei no meu telemóvel e telefonei para a polícia, entretanto os bombeiros foram embora e eu fiquei sozinho com a minha mulher que estava a espancar os vizinhos e com o polícia que se encontrava no chão ainda sem sentidos.

Fui ao meu quarto peguei no atordoador eléctrico que comprei nos chineses e lá consegui parar a minha mulher com um choque de 500 volts, de seguida atei o polícia com cordas e pu-lo na garagem dentro da fossa de águas residuais.

Tendo a situação parcialmente resolvida foi então que pude tomar o meu pequeno-almoço descansado.

Passadas umas duas horas chega a polícia que pelos vistos já tinha recebido do meu vizinho uma denúncia de desvio de água.

Polícia – Então o que é que se passou?

Eu – Ó senhor guarda, o meu vizinho que mora aqui no 3º esquerdo, já não é a primeira vez que liga o fornecimento de água dele ao meu contador.

Policia – Ai sim, então porque será que ele faria uma coisa dessas, não me parece normal não acha?

Eu – De facto acho, mas o que é certo é que quando acordei de manhã para me lavar reparei logo que a água que saía da torneira não era minha.

Policia – Não me diga! Então como detectou isso?

Eu – Como já lhe disse não é a primeira vez que ele me faz isto, por isso resolvi pôr um filtro de água com detector de impurezas, não só para ter uma melhor qualidade de água mas também para me precaver de um ataque terrorista.

Policia – O senhor está a insinuar que o seu vizinho o tentou matar?

Eu – Julgo que sim.

Policia – Então o que o leva a chegar a essa conclusão?

Eu – Primeiro quando fui verificar o contador, reparei que os tubos estavam trocados, bati à porta do meu vizinho para lhe perguntar se ele sabia de alguma coisa e foi aí que tudo começou, levei um soco e fique meio atordoado, mas como se não bastasse ele entrou-me em casa levando-me de rastos, encheu a banheira de água e tentou afogar-me, em seguida partiu o candeeiro na cabeça da minha mulher que coitada nunca fez mal a ninguém e ainda por cima incendiou-ma a casa.

Policia – Como é que o senhor prova essas acusações?

Eu – Entre e veja!

O polícia entrou e depois de ver a minha mulher estendida no chão à entrada do quarto de banho que estava inundado e a cozinha parcialmente queimada disse:

- De facto o senhor tem razão, isto é um caso grave.

O polícia dirigiu-se à casa do vizinho e bateu à porta, quando o desgraçado abriu foi imediatamente algemado e levado preso.

Finalmente parecia que eu tinha algum descanso, mas foi por pouco tempo, porque estava eu na sala a ver um documentário em DVD sobre criação de moscas, quando sou surpreendido pela minha mulher que me perguntou gritando de uma maneira que mais parecia uma sanfona:

- Como é que vou fazer o almoço?

Eu respondi – Ó filha não te preocupes que hoje vamos almoçar fora.

Fui me vestir que era coisa que ainda não tinha tido tempo e desci para a garagem juntamente com a minha esposa, entrei no meu ALFA ROMEO 4.300 BI TURBO, liguei o GPS e perguntei:

- Onde queres ir querida?

Ao que ela me respondeu:

- Quero ir a Braga comer um bacalhau à Zé do pipo.

Eu respondi – É pra já!

Fui à mala do carro peguei no meu PC portátil e fiz uma reserva por email, em seguida programei o GPS e arranquei.

Já tinha percorrido alguns quilómetros quando liguei o leitor de CD do carro para ouvir um disco do TRIO ODMIRA quando sou surpreendido pela notícia de que um avião cheio de galinhas se tinha despenhado depois de ser atingido por um míssil português julgando tratar-se de um óvni.

Era uma notícia um tanto esquisita, fiquei atento a novos desenvolvimentos noticiosos mas depressa cheguei à conclusão que tinha sido apenas um exercício militar.

Continuai a minha viagem até Braga para almoçar e quando estou a chegar ao destino “o tasco do Zé moina” rebenta o pneu direito da frente.

Parece que o dia nos começa mal! Comentei eu enquanto saía do carro para ver o pneu.

Depois de ter avaliado os estragos fui buscar o pneu suplente, substituí pelo furado e quando me preparava para apertar as fêmeas com uma chave de quilos, reparei que a minha mulher estava especada de cócoras ao meu lado a ver-me fazer o trabalho.

Estava a dar os últimos apertos quando a chave me foge das mãos e bate na cabeça da minha mulher, a princípio não me parecia grave mas passados uns 10 minutos já eu estava dentro do carro para arrancar quando vejo um galo enorme na sua testa, até parecia que lhe tinham implantado uma batata.

Como quem não quer a coisa e para ela não perceber perguntei:

- Não te dói a cabecinha querida?

Ela respondeu que sentia qualquer coisa, mas eu disse-lhe para não se preocupar que depois de almoçarmos iríamos ao hospital se a coisa piorasse.

Ela ficou em pânico com a figura que ia fazer no restaurante, contudo consegui convencê-la a enrolar a cabeça com uma camisola branca que eu trazia na mala e assim toda a gente pensaria que ela era árabe.

Fomos para o restaurante e por fim começámos a almoçar. O almoço estava bom mas como comemos 3 doses eu estava com azia e não parava de arrotar, como se não bastasse depois de tomarmos o café comecei a sentir dores fortes no estômago e comecei a queixar-me.

A minha mulher ficou preocupada e perguntou se eu queria ir ao hospital, respondi afirmativamente e saí do restaurante muito devagar apoiado nela, como não conseguia conduzir dei-lhe a chave do carro e ela levou-me ao hospital local que ficava a dois quarteirões, mas quando estávamos a entrar nas urgências havia uma ambulância estacionada à porta que dificultava o nosso estacionamento.

Eu disse – Esperas um bocado, quando a ambulância sair estacionas, ela assim fez, só não reparou que no lugar da ambulância estava uma maca com um senhor idoso à espera que o enfermeiro o viesse buscar.

Foi dramático ver a maca sair disparada quando o carro entrou no estacionamento a grande velocidade, como aparentemente ninguém viu, eu sai rapidamente do carro e dirigi-me à recepção para preencher o formulário, mas como as dores não paravam deitei-me numa maca que estava encostada à parede.

Enquanto a minha mulher tratava da inscrição eu fui levado por um enfermeiro para uma sala de triagem onde um medico me perguntou:

- Então amigo o que é que lhe aconteceu?

Eu - Ó senhor doutor estou muito mal dos intestinos, deve ter sido o almoço que não me caiu bem.

Medico – tenha calma que isso resolve-se, vai ver que vai passar rápido.

Eu – Vai dar-me um clister?

Medico – Primeiro vou lhe por soro, se não resultar avançamos para o clister.

Depois o médico ausentou-se dizendo que tinha que ir buscar uma algália para o caso de a coisa correr mal, eu ainda esperei um bom bocado mas depois foi para esquecer.

Como já não aguentava mais resolvi a situação infringindo-me a mim próprio um clister de último recurso, peguei no tubo proveniente da garrafa de soro que se encontrava na haste da maca e coloquei-o no sítio onde é suposto, o que aconteceu a seguir foi no mínimo catastrófico.

Tentei sair da sala a todo o custo, no entanto no estado em que me encontrava pressupunha cautelas, tomei a decisão de sair calmamente disfarçando-me de médico com uma bata que estava pendurada atrás da porta, o único problema é que como não tinha roupa da cintura para baixo, de médico tinha muito pouco.

Foi difícil encontrar a saída do hospital, mas quando ouvi a minha mulher gritar repetidamente a frase:

- Agora é que ele se ma vai! Agora é que ele se me vai! Foi mais fácil.

Entrámos no carro e saímos apressadamente das instalações do hospital a caminho de casa, pelo menos era essa a minha intenção, não fosse a minha mulher ter a ideia de ir passear ao jardim da rotunda da Boavista.

Não podia ter sido pior, mas como ando sempre com a Nintendo DS no carro, lá me entreti a jogar o Super Mário sentado num banco de jardim.

Por fim passadas 3 horas fomos finalmente para casa jantar umas empadas de couve branca que a minha mulher comprou enquanto estive a jogar, em seguida fui visitar um site sobre profecias do fim do mundo e quando me deitei tive que gramar a minha mulher a cantar em karaoke as músicas da abelha Maia.

“As vezes dá-me para isto, vá-se lá saber porquê”

Romão Casals