segunda-feira, 15 de março de 2010

Simultaneidade

Este trabalho baseia-se nos estudos que tiveram início na década de 70 tendo como intervenientes a Universidade da Califórnia em parceria com o observatório naval dos Estados unidos, trata-se de uma questão delicada onde o maior protagonista é a agência espacial NASA, o tema remonta à 6.000 anos e tem vindo a ser alvo de controversas afirmações que por força das circunstâncias ganha cada vez mais relevo nos meios científicos. O testemunho da antiga civilização suméria passado em escrita cuneiforme possui um inexplicável conhecimento matemático e astro físico, referem claramente cálculos e trajectórias precisas de onze corpos celestes que orbitam o Sol, ocorre que somente oito são do nosso conhecimento, sendo que foi descartado o longínquo Plutão incluído nos escritos sumérios.

O plano da eclíptica que Plutão descreve em torno do Sol é demasiado inclinado em relação a todos os outros planetas do sistema solar, mostra peculiaridades que só podem ser explicadas com a passagem periódica de um massivo corpo celeste, este misterioso objecto é descrito na antiga Mesopotâmia como sendo o 12º planeta que transita muito além da órbita de Plutão e passa a maior parte do tempo na cintura de Kuiper, ocorrência que foi constatada através de observação infravermelha com o satélite norte-americano (IRAS). Um descomunal astro com uma massa superior à de Júpiter, atinge um afélio doze vezes mais longínquo que a distância de Plutão ao Sol e está fora das constelações do Zodíaco, este fenómeno está a ser estudado no maior observatório do Chile (VLT) situado no hemisfério sul mas enquanto não terminarem as investigações não pode ser divulgado oficialmente.

Descoberto em 1930 foi denominado planeta da cruz, o nome deve-se ao facto de a sua órbita estar situada verticalmente em relação aos restantes planetas que orbitam a estrela Sol, formando um cruzamento com o plano solar da elíptica, foi observado na constelação de Orion e calcula-se que completa uma translação em torno do Sol a cada 3.600 anos, a civilização suméria descreve-o com significativa relevância, é mencionado em quase todos os textos astronómicos e é representado sendo a fonte de todo o conhecimento, no entanto, ao que parece, nunca lhe foi dada a devida importância, qualquer relato de origem suméria é transcrito como mitologia ou pertence de uma civilização guiada por crenças a Deuses criadores.

Em qualquer estágio da cultura situada entre-os-rios Tigre e Eufrates nunca o termo Deus foi utilizado; a compreensão de todos os acontecimentos quotidianos teve sempre uma explicação lógica, os sumérios foram sempre pragmáticos ao revelar a sua condição de servos colaborantes de um poder maior, eles explicam em detalhe que a origem da Terra foi a consequência de uma colisão entre sete satélites de Nibiru (o recente descoberto planeta X) e um outro planeta ao qual chamavam Tiamat, este estaria situado entre Marte e Júpiter e era praticamente coberto por água, a colisão de proporções apocalípticas dividiu Tiamat em duas proeminentes características, uma das partes fragmentadas desceu para uma órbita mais próxima do Sol e veio a dar origem ao planeta Terra, a parte restante foi praticamente pulverizada formando um enorme cinturão de asteróides que permanece entre Marte e Júpiter.

De acordo com um texto sumério, a Lua terá sido uma consequência dessa mesma colisão, mas com outra distinta magnitude, crê-se que após alguns anos a Terra ter adquirido uma forma praticamente esférica, parte significativa dos fragmentos de Tiamat encontrava-se perto do campo gravitacional do então recente planeta, foi então que aconteceu o que hoje chamamos teoria do impacto, um enorme fragmento atingiu violentamente a Terra duplicando a aceleração orbital momentânea, esta forte colisão mutilou toda a massa existente arremessando para órbita “pequenos” fragmentos que coalesceram e formaram a Lua.

Hoje não há indícios da colisão uma vez que na altura o planeta ainda só tinha 90% do seu tamanho actual, os restantes 10% seriam agregados com colisões posteriores bem mais pequenas, alem disso a própria gravidade da terra teve um efeito remodelador, qualquer depressão provocada após o impacto teria desaparecido, ainda assim, mesmo com uma teoria consensual sobre a origem da Lua, alguns cientistas hesitam em aceitar as observações de tais grandiosos conhecimentos ancestrais, contudo nunca retirarão o fascínio àqueles que de vez em quando contemplam o disco lunar que brilha e encanta no firmamento.

Um dos assuntos que no século XX gerou muita polémica, foi a ausência de uma explicação lógica para validar a descoberta com indícios e evidências de água no planeta Marte, embora que controversamente a pergunta a esta resposta teve-se sido feita há milhares de anos. Marte que estava numa órbita mais próxima do Sol, tinha então uma atmosfera composta e um grande oceano de água no estado líquido, o extremo aquecimento provocado perante a colisão entre “Nibiru” e Tiamat, vaporizou para o vácuo toda a água da superfície de Marte, actualmente ainda restam as calotas polares cobertas por água no estado sólido, esta incrível catástrofe galáctica foi confirmada com o fim da missão Near (sonda espacial da NASA) em Fevereiro de 2000, programa destinado a estudar a teoria das colisões cósmicas nos primórdios do sistema solar, desde então muitas têm sido as questões a respeito da próxima passagem do gigante celeste.

Para compreender a excentricidade da órbita circunscrita pelo enorme planeta, é preciso que a velocidade no periélio seja extremamente elevada, induzindo a uma inércia incrivelmente forte, mas este factor não é o bastante para explicar a longa viagem que o planeta tem nos confins do sistema solar, o mistério teria que ser explicado na presença de um sistema binário, parece descabido pensar que a estrela Sol pertence a um sistema binário, contudo a maioria das estrelas da galáxia Via láctea fazem parte de sistemas binários ou até mesmo triplos, de facto os sumérios descrevem algo particularmente estranho quando referem a descrição visual do astro, “planeta vermelho que parece um segundo Sol”.

Será possível esta descrição identificar-se com um planeta?

Os relatos sumérios são muito claros e revelam uma sabedoria desconcertante, têm uma importância estrema para a astrologia moderna, razão pela qual persistem as campanhas militares norte americanas no oriente médio, mas neste caso é provável que a descrição não tenha tido a interpretação mais correcta, o registo não refere Nibiru mas sim uma estrela, esta será talvez a forma cientifica que melhor se adapta nesta descrição.

O comportamento dos planetas do sistema solar, principalmente os menos massivos, adquiriu outra dimensão desde que Johannes Kepler desvendou as leis do movimento planetário, desde então o progresso na tecnologia do telescópio tem ajudado para que novas descobertas se tornem realidade, estes planetas sustentam um magnetismo inferior e estão susceptíveis a fortes campos gravitacionais quando se cruzam na projecção da eclíptica com astros maiores, um acontecimento raro, porem cíclico.

Suspeita-se que a trajectória de uma estrela anã vermelha, a quem adequadamente deram o nome de Némesis, esta directamente relacionada com a forte inclinação da órbita excêntrica de Nibiru, o comportamento deste planeta revela-se curioso quando comparado aos restantes astros do sistema solar, aqui reside aquele pode ser um dos maiores enigmas do universo.

Situada à distância de um ano-luz (9.46 triliões km) na nuvem de Oort, Némesis completa uma translação em volta do Sol a cada 26 milhões de anos, a aproximação desta estrela perturba a trajectória dos cometas que lá transitam, fazendo-os entrar no sistema solar interior em direcção aos planetas de maior atracão gravitacional, sendo Júpiter o primeiro alvo. Calcula-se que tem uma órbita elíptica alongada, o que a faz permanecer milhares de anos no que sobrou da nebulosa que deu origem ao sistema solar, um lugar extremamente gelado onde a temperatura é estabelecida 4ºC acima do zero absoluto (-273,15 ºC), determinante condição para que as moléculas se tornem impossibilitadas de reter calor, não existe movimento nem acção sob efeito de atrito, tendo como consequência matéria super fluída com propriedades diamagnéticas.

Na natureza o magnetismo é o efeito de cargas eléctricas em movimento, assim os átomos mantêm a polaridade positiva (iões+) e tomam direcções opostas quando repelidos com a presença do forte campo magnético da Némesis, este é o motivo pelo qual os cometas desviam a trajectória e precipitam-se na direcção do Sol. Júpiter “absorve” a maior parte dos cometas que entram no sistema solar interior, mas mesmo assim uma parte significativa consegue escapar à tremenda atracção provocada pela deformação temporal que o gigante gasoso provoca, a quantidade restante entra em rota de colisão com o segundo planeta de maior massa, a Terra.

O planeta azul mostra cicatrizes de violentos impactos ocorridos há milhares de anos, existe um em particular situado nas águas da península do Iucatão, é apontado como causador da extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos, não foi a primeira extinção em massa e não será provavelmente a última, a maior extinção em massa de que há conhecimento foi no permiano-triássico, na qual 95% das espécies do oceano e cerca de 80% das espécies em terra foram dizimadas, portanto já ocorreram momentos de extinção radicais que provavelmente se devem a factores externos, acredita-se que estes eventos acontecem em alturas definidas.

Alguns paleontólogos concluíram que estão perante um padrão muito estranho, as grandes extinções não aconteceram aleatoriamente, ocorreram em intervalos de tempo específicos e ao que tudo indica acontecem de 26 em 26 milhões de anos, os cálculos coincidem com o tempo de translação da estrela Némesis, mas será esta a causa para tais catástrofes?

Embora as evidências se mostrem interligadas não constituem prova definitiva; para isso teria que haver um reconhecimento oficial nos meios da astrofísica, além disso este tipo de fenómenos gera sempre a controvérsia necessária para que novas teorias sirvam interesses científicos, o mesmo aconteceu com a “oportuna” campanha em desacreditar a teoria da relatividade geral.

É óbvio que o profundo conhecimento de uma civilização que deixou pormenores detalhados em documentos astrológicos não está a ser deixado ao acaso, lembro que 5 mil anos antes de Nicolau Copérnico ter proposto a teoria heliocêntrica, os sumérios já compreendiam as leis da gravitação e descreviam com precisão todos os planetas do conjunto solar, os mapas que nos deixaram revelam não só a área de superfície de cada astro, massa, inclinação do eixo e período orbital, assim como a sua composição química e orgânica.

A tradução dos documentos sumérios começa a ser confrontada com a recente cadeia de acontecimentos climáticos que assolam o nosso planeta, a preciosidade destes textos milenares contêm dados de astronomia incrivelmente precisos, a confirmação de que o Sol e a estrela Sírios estão gravitacionalmente conexos evolucionando em torno da gigante azul Alcyone, veio confirmar a veracidade dos escritos mesopotâmicos.

Na verdade, o Sol é a 8ª estrela na constelação das Plêiades formando uma unidade cósmica, um mega sistema que perfaz uma revolução orbital em redor do centro da galáxia, este movimento repete-se a cada 200 milhões de anos, é composto por quatro ciclos onde o alinhamento nas elípticas das três estrelas fica em perfeita simetria com o núcleo galáctico, o 4º ciclo completa-se no ano de 2012 dando inicio a uma nova era planetária, o calendário Maia termina aqui.

Fica evidente que os manuscritos sumérios são reais e não se trata de mitologia, a previsível aproximação do planeta Nibiru terá progressivas consequências no clima da Terra, as mais desastrosas serão quando se cruzarem no plano da elíptica entre as órbitas de Marte e Júpiter, a força repulsiva do campo magnético dos planetas forma o equilíbrio evitando que colidam, mas Nibiru tem uma massa quatro vezes superior à da Terra e no momento do cruzamento as poderosas interferências magnéticas de Nibiru farão abrandar totalmente a rotação do planeta fazendo-a cessar durante um pequeno período de tempo.

A desaceleração contínua do planeta gera uma força contrária à acção do movimento do núcleo, criando um subsequente aquecimento na estrutura interior do manto, este aumento de temperatura manifesta-se através de actividade sísmica aumentando gradualmente a temperatura média do planeta, este processo pode prolongar-se durante décadas, trazendo alterações climáticas constantes e um lento deslocamento das regiões polares para outras posições, mas pouco se sabe em concreto dos reais efeitos que este fenómeno condiciona, a única certeza é a de que o Sol tem sofrido drásticas mudanças no nível espectral de energia, esta intrigante reacção deve-se possivelmente a poderosas explosões termonucleares determinadas pela fusão de átomos de hidrogénio (H2), transmitindo um crescente aquecimento coronal situado logo após a zona de convecção.

Tratando-se de uma estrela activa (classe G), o Sol reage a passagens celestiais massivas, injectando crescentes quantidades de plasma conhecidas por vento solar, e se uma tremenda magnetosfera proveniente de um gigantesco planeta interferir com o campo magnético solar, a energia cinética de partículas pode dar lugar a elevadas emissões de raios gama, o que síria catastrófico, no entanto são apenas meras suposições baseadas nos estudos teóricos de supernovas, ainda assim é um facto que o Sol tem uma ligação directa nas trajectórias pré definidas dos planetas.

Uma das particularidades que justificam as alterações no comportamento orbital irregular de Plutão, é precisamente a de se situar num percurso calculado, mantendo uma rota longe de aproximação com outro planeta em trânsito fora do conjunto solar, este enigma não está de todo solucionado mas as evidências continuam a ser registadas com a sonda russa Norlok.

A existência de um intruso desconhecido não é apenas mais uma grande descoberta, o interesse por este misterioso corpo celestial está relacionado com os hipotéticos distúrbios físicos que este pode trazer durante a sua passagem mas também com as impressionantes descrições referidas nos textos contemporâneos da antiga civilização suméria, supostamente este planeta esconde algum tipo de inteligência até agora desconhecida. Seja o que for que nos reserva o futuro, a questão está em saber qual destes eventos vai afectar o normal desenrolar da vida do nosso mundo, ou então será uma catastrófica simultaneidade de acontecimentos que podem, ou não, mudar o curso dos acontecimentos.

Romão Casals