quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Previsível aproximação

Como pode o universo existir sem ter sido criado?

É demasiado metódico e transcendente para se pensar que foi obra do acaso.

Mas se foi por acaso que toda a matéria como o hidrogénio, o hélio, o carbono e o oxigénio se fundiram para dar origem às estrelas e galáxias, como se explica o inicio?

Se reflectirmos um pouco podemos concluir que se de início não existisse nada, o tempo não fazia sentido, ou será que fazia?

Poderá existir nada?

Como pode isto ser compreendido?

Albert Einstein durante toda a sua vida tentou encontrar uma resposta, mas deixou-nos em 1955 sem sequer estar perto de poder pelo menos imaginar, no entanto deixou-nos um enigma, a descoberta da existência no cosmos de energias tão imensas que nem a sua física o podia explicar.

Foi em 1905 que Albert Einstein descobriu que todo o universo se deforma mediante o peso de cada astro, concluiu então que quanto mais denso for um corpo maior é a deformação do espaço-tempo, facto que se veio a comprovar no eclipse solar de 1919 quando as estrelas que emergem por de traz do Sol foram fotografadas no breve período de tempo em que este se encontra oculto pela Lua.

A deflexão da luz na presença de gravidade (manifestação da curvatura do espaço e do tempo) prevista pela relatividade de Einstein, corrobora a teoria muito claramente sem qualquer ambiguidade.

Mas então poderá existir tal incomensurável energia que o próprio tecido cósmico se deforme ao ponto de fractura?

Hoje tal como há 80 anos sabemos que os designados buracos negros são energias activas que esperam “devorar” tudo o que está em seu redor, incluindo estrelas no caso dos massivos e até galáxias inteiras no caso dos super massivos, a singularidade onde a física é empurrada até ao seu limite absoluto.

Para onde vai toda a matéria absorvida no horizonte de eventos?

Será plausível pensar que ao sair do universo “real” se materialize num outro paralelo?

Se assim for teremos um sem fim de ocorrências idênticas, que nos deixam muitas alternativas de voltar a ter uma oportunidade para pensar que tudo o que é real só o é porque assim o definimos. Seria um universo onde decorre uma versão diferente dos acontecimentos.

Contudo só sabemos aquilo que compreendemos, a maioria dos cientistas que estudam física nuclear afirmam embora com renitência que tudo teve início com o BIG BANG e que provavelmente terá um fim com o BIG RIP.

Sendo assim o universo estará em constante expansão, mas este tipo de raciocínio é o mesmo que terá alguém numa circunstância de lógica básica na esperança de querer ter uma resposta para tudo, mas sem a humildade de sequer ao menos dizer que não foi sua obra.

Não existem dúvidas de que a energia é a transferência de inércia entre duas massas, mas segundo a teoria mais aceite, toda a massa do universo se expandirá até à dissipação total das estrelas, com a ausência de calor (frio) tudo terá um fim.

Seguindo este raciocínio toda a energia se dissipará até à deflagrante extinção, contudo, fazendo um exercício mental, rapidamente obtemos a curiosa conclusão de que tal possibilidade é inconcebível, a energia pode transformar-se em massa que por sua vez garante que a conversão opere em ambos os sentidos (E=m.c2), deste modo a matéria permanece eterna revelando que a energia não se dissipa com o tempo.

Na interpertação actual da relação entre massa e energia, existe um engano largamente difundido que contraria a teoria da relatividade especial, afirma-se que parte da massa de um corpo desaparece quando duas particulas sub atómicas se fundem para dar origem a um atomo de menor dimensão, por efeito tambem a energia resultante dessa colisão é uma grandeza não conservada.

Albert Einstein abominava irreversivelmente este tipo de física que não deixa espaço para a quantificação (divisão da matéria em partes iguais QUANTA) e afirmou ate ao fim que o universo é estático ou eterno, de facto a massa desaparece justamente para se transformar em energia, exactamente aquela que aparece na radiação gama, nenhuma energia foi criada no processo, a energia é sempre conservada.

Não se trata de lógica, mas da existência de algo que mesmo tendo explicação, só o poderá ser feito quando tudo o que está ao nosso alcance se tornar plausível, será mais sensato afirmar que não sabemos do que se trata, ou então fazemo-lo por ser mais conveniente e não respeitamos o que foi feito por termos demasiado orgulho.

É óbvio que nunca poderemos saber uma resposta para a qual não temos a pergunta adequada, somos matéria do universo e como tal vamos permanecer assim, a constatação de um facto só é real se tivermos presentes no momento do evento, sobretudo se esse facto for verídico.

Agora que sabemos que nada sabemos, podemos iniciar a descoberta mas sem descorar a possibilidade de no universo existirem partículas ainda mais pequenas que os átomos, de tal forma que no seu interior não existe absolutamente NADA.

Ora se a gravidade é a deformação do espaço-tempo, então qual a sua constituição?

O que constitui o tecido cósmico?

Das quatro forças do universo só três podem ser quantificadas, electromagnetismo, força nuclear forte e força nuclear fraca, a gravidade transmite-se por partículas de massa igual ao fotão mas de carga eléctrica zero (Gravitão) não podendo ser avaliado o momento angular (spin) que define a orientação magnética, de facto só uma força contrária (constante cosmológica) pode completar o equilíbrio, tal como os positrões e os antiprotões (partículas elementares).

Podemos falar de anti-gravidade, algo que mantém a ordem no universo físico, ou então num sentido metafísico afirmamos que a constituição da matéria é igual à soma da antimatéria, neste campo o fotão é a energia resultante da aniquilação entre partículas sub atómicas (electrão e positrão).

O conceito de espaço-tempo por exemplo é tão simples como inseguro, se pensarmos em dois corpos com uma separação constante, depressa concluímos que espaço é a distância entre ambos e tempo é a quantificação na demora entre um e outro dependendo da propulsão existente, no entanto se unirmos dois pontos dobrando o planisfério, reduzimos o tempo para uma efémere viagem que de outra forma levaria uma eternidade no conceito anos-luz. Nesta perspectiva teríamos um número com mil algarismos elevado a si próprio a mesma quantidade de vezes, embora imenso deixa uma margem de possibilidade relativa não deixando de ser um paradoxo.

Inevitavelmente ao atingir a velocidade da luz (V=C) a massa de um corpo torna-se infinitamente grande, ao que inversamente relativamente a quem observa, o seu comprimento é igual a zero, com isto constatamos que o tempo é relativo, não existe o mesmo espaço de tempo para diferentes observadores que se desloquem relativamente uns aos outros, ou melhor dizendo existe uma dilatação de tempo.

Por consequência não existe distinção entre força de gravidade e efeito aceleração, se compreendermos estes dois princípios, verificamos que o tempo torna-se mais lento na presença de um forte campo gravitacional. Sendo assim tempo e massa depende da velocidade dos mesmos.

Poderei então concluir que espaço de tempo entre início e fim só é real se o quisermos quantificar, de outra forma ele é estático ou eterno se preferirmos.

Admitindo hipoteticamente que tudo isto acontece ao acaso, como posso decifrar algo que é imprevisível? Seria o mesmo que num jogo de cartas a vitória fosse sempre minha, se algo acontece ao acaso não pode ser uma constante?

Neste caso constata-se que as cartas foram criadas com um propósito, já a minha vitória é apenas um conceito sintomático, só é real porque eu desejo.

Sejamos coerentes, nunca em lugar algum da história da humanidade poderemos decifrar todos os segredos do universo.

Reparem que quando refiro o termo “segredos” já estou na presença de um verdadeiro indício de criação, não de uma criação ao acaso gerada pela explosão de um átomo primevo infinitamente denso (definição de BIG BANG), mas de uma criação na verdadeira ascensão da palavra (com um propósito).

Ironicamente o termo BIG BANG foi inventado por Fred Hoyle quando em sentido depreciativo se referia ao universo em expansão proposto por Jeorges Lemaitre. Uma vez que no passado o universo seria mais compacto a comunidade de cientistas adoptou o termo como base para explicar a criação, mas nem todos estavam de acordo, Einstein e Hoyle por exemplo preferiam um estado constante (desde sempre e para sempre), de facto ainda não se conseguiu determinar uma época em que não existissem galáxias.

A estimativa para a idade do universo varia de 10 a 15 biliões de anos, o que é muito pouco se tivermos em conta que o planeta terra tem 4 biliões de anos. Quanto ao BIG BANG não pode ter sido grande porque a teoria refere-se a uma singularidade inferior a um átomo e não ouve explosão porque não havia ar para transmitir as vibrações, portanto é uma designação inadequada e revela uma filosofia tendenciosa.

Edwin Hubble adoptou o conceito de universo em expansão baseado no facto de quase todas as galáxias indicarem um deslocamento para o vermelho (efeito Doppler), o que significa que a luz que recebemos é mais vermelha que a de origem, mas tal conclusão só deve ser tomada em conta se excluirmos o facto de as galáxias assim como todos os objectos cósmicos terem um deslocamento gravitacional em torno de um centro, o que provoca a uma perda de energia nos fotões por interacção com a matéria.

O mesmo se verifica na fusão nuclear que ocorre nas estrelas, dois protões tem uma carga positiva que exerce mútua repulsão electromagnética, para que haja fusão a temperatura tem que ser muito alta para que as partículas se movam a grande velocidade e se tornem suficientemente densas fundindo-se literalmente num só átomo (nucleossintese).

No caso são núcleos de hidrogénio (protões livres) que colidem devido à enorme pressão e formam átomos de hélio, neste processo de fusão o átomo resultante é ligeiramente menor que os de origem, a massa que aparentemente desaparece é transformada em energia, deste modo conclui-se que a cada instante existe na matéria um subsequente decaimento radioactivo, portanto é perfeitamente possível que o vermelho visível no comprimento de onda das galáxias se deva ao facto de também a luz se diluir ao longo do percurso temporal.

É perfeitamente normal que toda a massa do universo se afaste em direcção a um centro, ao que inversamente também se aplica a quem esteja nesse mesmo centro. Dizer que toda a matéria se expande não corresponde ao mesmo princípio de realidade proposta pelo mesmo criador.

Tudo depende do modo como queremos interpretar as leis da física, mas não devemos especular sobre algo que não nos leva a compreensão alguma. Para se afirmar que espaço-tempo se expande continuamente, tem que se saber em primeiro lugar quais as propriedades da matéria que constitui o vácuo, de outro modo arriscamo-nos a cair num ridículo de afirmações controversas.

Por outras palavras também posso afirmar que as galáxias vão cair no NADA por culpa da dilatação dos GRAVITONS.

O mais inteligente é pensarmos sobre os padrões de uma referência credível para que haja evolução no raciocínio lógico, só assim se pode entender o pensamento de DEUS.

Isaac Newton por exemplo explicou a gravidade mas não a compreendeu, embora tivesse dado um grande contributo á humanidade com (PRINCIPIA MATHEMATICA) em 1687, preferiu deixar de fora um fenómeno até então incompreensível.

Só em 1905 outro génio se debruçou sobre o assunto, por ser o único objectivo de vida e com grande paixão embora trabalha-se num escritório de patentes, Einstein mesmo não sendo cientista, imaginava correr ao lado de um feixe de luz.

É nesse mesmo instante enquanto viajava de autocarro que viu o famoso relógio de Berna parar num lapso temporal, nesse momento pensou:

- Descobri um segredo do universo!

Um momento de sorte inspirado pela grandeza de ser parte de um criador, revela-nos uma profecia.

É preciso compreender que este pensamento que invade a sua consciência é o mesmo que o amor ou o ódio, a alegria ou a tristeza que são na verdade parte essencial da realidade do universo.

No entanto a ciência mesmo não tendo conhecimento da sua origem, desconsidera-os por conterem elementos de filosofia ou religião, felizmente há sempre alguém mais iluminado que escuta o murmurar do outro lado espectral.

Estes valores diferem em muito dos obsoletos raciocínios de hoje.

Einstein pode ter estado na iminência da maior descoberta da história, mas por força das circunstâncias esse segredo morreu com ele, na verdade nunca conseguiu convencer o mundo da ciência a respeito dos seus revolucionários pensamentos, percebe que irá ter que combater mais de dois séculos de pensamento científico e o seu herói Isaac Newton.

O que acaba por lhe dar uma pista é a experiência do pensamento, a ciência é feita por instinto, tem-se rasgos de lógica, é esse o poder de um génio.

Tentou unificar a teoria da relatividade geral com o electromagnetismo para explicar as constantes físicas da natureza (teoria do campo unificado), mas teve que ocultar esta descoberta para não arriscar a sua reputação, pois a comunidade científica ainda estava a debater a veracidade da sua teoria da relatividade e quanto mais atenção Einstein recebe mais a sua teoria é posta em causa.

Foi só em 1922 que anunciaram o seu prémio Nobel, uma das ironias é que nunca o conseguiu por causa da teoria da relatividade, em vez disso Einstein recebe o Nobel pela correcta explicação do efeito fotoeléctrico, esta trabalho torna-se a base da mecânica quântica e revela os segredos do átomo.

Os ensaios prosseguiram sempre na esperança de compreender não a luz que brilha mas o que se esconde na escuridão, a energia escura e repulsiva que estabelece a ordem no universo, compreender esta realidade é fundamental para descobrir o que na verdade se passa.

Deu-lhe o nome de constante cosmológica para uma melhor compreensão e foi o seu maior erro, as interpretações que lhe foram dadas ainda hoje são contraditórias, ao contrário do que se possa pensar a energia negra não se refere à expansão mas sim ao electromagnetismo produzido pela rotação das galáxias, um factor determinante para que seja visível apenas uma parte da realidade física.

Quando se medem os movimentos centrífugos das galáxias constata-se que a velocidade é superior à quantidade de matéria efectivamente observável, esta não reflecte a estimativa de massa luminosa que teria de ser 160 vezes a realmente existente, só assim se explica a quantidade total de gravidade presente em todas as galáxias, o que justifica essa mesma velocidade aleatória.

Qual o factor que influencia estes movimentos?

É surpreendente, mas o cosmos não se resume a átomos e partículas subatómicas, existe algo mais, calcula-se que terá 10 vezes o volume da matéria iluminada, não interage com a luz e tem força suficiente para manter constante a velocidade de rotação. Desvendar este mistério pode significar a revelação do destino que nos traz o poder do universo, resumido em uma só única equação.

No cosmos o electromagnetismo propaga-se sob o efeito de ondas geradas pelo movimento de partículas dotadas de uma carga eléctrica (electrões), quando a carga oscila o campo eléctrico é perturbado e propaga-se sob a forma de onda, o seu comprimento de onda é alterado mediante a frequência (numero de oscilações por segundo) que varia em função do comprimento.

No vácuo todas as ondas electromagnéticas viajam a trezentos milhões de metros por segundo (3x108 m/s-1), portanto o que determina a frequência é o intervalo de tempo de cada fotão da mesma polarização (constante de Planck 6.6x10-34 j/s).

Agora vejamos o que nos diz Einstein…

Todo o universo é formado por luz a uma velocidade constante, as fontes de luz visível emitem radiação térmica onde a partícula mediadora é o fotão, um quantum contínuo de energia que pode ser dividido em partes iguais, geralmente está associado a estrelas onde as temperaturas são muito elevadas gerando a incandescência, mas a luz também pode ser emitida através de astros que não produzem energia cinética de partículas, estes sustentam temperaturas relativamente baixas ou até mesmo nulas, esse fenómeno é denominado de luminescência.

O fotão é uma partícula sem massa, é um espectro de energia dinâmica ressonante embora só conheça linhas rectas, está em todos os campos da física quântica e pode ser a resposta a quase tudo, incluindo as viagens no tempo. Tem a particularidade de mudar o espaço de tempo em que nos situamos, ele é flexível, é um efeito misterioso que se revela intemporal no limiar da realidade.

Nos vivemos no presente, estamos presos neste momento a que chamamos “agora”, pelo menos estávamos, até ao instante em que escrevi esta palavra, é nesta mesma perspectiva que se baseia a viagem real e pratica no tempo, não é uma inconsistência, está tudo relacionado com a velocidade da luz, uma 4ª dimensão não perceptível à qual teremos dificuldade em compreender a razão de estarmos em dois lugares ao mesmo tempo, esta é a teoria da relatividade.

A galáxia M31 gera um campo magnético de tal forma intenso que distorce o espaço à sua volta, este fenómeno pode ser confirmado pelo jacto de partículas de alta energia observados em raio-X, o que determina este evento é a sua elevada rotação provocada pelo super massivo situado no seu interior, estes buracos negros intrinsecamente densos podem conter uma massa biliões de vezes superior à do sol.

Embora esta galáxia só possa ser vista como era há dois milhões e quinhentos mil anos atrás, leva-nos a crer que num futuro “próximo” a colisão com a via láctea é inevitável, isto porque o tempo esta distorcido em seu redor (lente gravitacional) e não conseguimos vislumbrar a sua real distância.

Então como se explica tal fenómeno?

Não se sabe…

Quando se estuda física de partículas chega-se a uma desconfortável conclusão, os electrões não têm a mesma localização no mesmo espaço de tempo, podem estar em todos os lugares e ao mesmo tempo em lugar algum, simplesmente não é possível especificar a sua posição no interior de um átomo.

Ou seja; podem situar-se em mais de um lugar no mesmo instante de tempo.

Se um determinado quark (unidade de carga do electrão) ao deslocar-se de um ponto A para um ponto B não precisar de tempo, então a velocidade da luz é o seu limite inferior, o mesmo será dizer que troca de dimensão por período indefinido à nossa realidade. A única conclusão a que se pode chegar, é que a matéria não existe apenas no nosso universo, ela pode viajar para a existência em outros paralelos, o que significa que existe memoria nas partículas elementares da matéria.

Para isso só pode haver uma explicação, a existência da imortalidade do espírito, o momento único prevalece estático na constante presença da eternidade, não existe passado presente ou futuro, tudo se passa no mesmo instante com condicionantes diferentes, o tempo é apenas uma ilusão que tem um propósito.

Contudo a teoria da relatividade ainda é vista como a teoria da incerteza, se assim continuar então chegamos ao ponto em que nada faz sentido, a prepotência de alguns ao descartar esta realidade alegando novas teorias que não passam de ficção científica, condenam-se a si próprios por também eles adoptarem certos pressupostos filosóficos da teoria da relatividade quando lhes é mais conveniente.

A tão esperada teoria do “absoluto” esvaiu-se em fumo por não nos ser possível ouvir o criador, apenas nos resta a teoria do NADA.

Romão Casals

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