O texto que se segue, onde passo
a descrever um posicionamento científico e filosófico, em que, além de
particularmente ter a minha preferência em total concordância, contrariamente a
muitas propostas no âmbito de pesquisa, provenientes do ateísmo militante,
declara-se o posicionamento dos mais célebres cientistas da história, e sempre
foi o ensinamento dos maiores pensadores de que há memória. Os argumentos
utilizados, de forma elucidativa, são necessariamente inerentes a um
esclarecimento com finalidade pedagógica.
Quando se fala em teorias
científicas, torna-se difícil para o público fazer a separação entre facto e
conjetura, os meios de comunicação gostam de publicar histórias
sensacionalistas e alguns cientistas gostam de especular até onde as suas
descobertas podem chegar. Em momento algum nos é dado uma explicação
convincente conjugando evidências e conceitos fundamentados em induções de
lógica e analogia.
O que advém da pesquisa
científica é uma descoberta, é uma lei, é algo observável, ou é apenas uma
interpretação de evidências?
Alguns termos são confundidos
como sendo processos naturais, mas não o são, tais casos representam conceitos
e não fenómenos diretamente observados, dependendo sempre de interpretações,
hipóteses ou até mesmo de teorias, e não de formulações científicas rigorosas.
Evolução não e um processo
natural, pois é tratado por dedução e não por observação direta, é importante
compreender que processos naturais são observados diretamente na natureza e descritos
através de uma fórmula científica apropriada. Acreditar em processos naturais e
não demonstrar quais os mecanismos que estiveram na origem do processo, não é
científico. É simplesmente ficção científica.
Vejamos o que escreveu o
reconhecido cientista, Dr. George Walt, professor da Universidade de Harvard,
prémio Nobel de medicina, adepto da teoria da evolução: Foi ele que descobriu
como o olho humano consegue captar imagens, transforma-las em impulsos
elétricos e enviar toda essa informação codificada ao cérebro para ser
descodificada em consciência.
A respeito de tudo isto, ele
afirma o seguinte:
«Basta contemplar a magnitude
desta tarefa, para admitir que a geração de um organismo vivo é impossível,
todavia, aqui estamos nós, como resultado, creu eu, da geração espontânea. A
ideia razoável era crer na geração espontânea; a única outra alternativa seria
crer no ato único e primário da criação sobrenatural. Não há uma terceira
posição.»
Pode concluir-se que há
necessidade de crer em qualquer uma das duas teorias, a evolução exige fé tanto
quanto a criação. Tal como não é possível
provar a existência de Deus, a sua inexistência consiste unicamente através da
fé, é impossível provar qualquer das premissas porque ambas sobrevivem como
proposta filosófica.
É inegável a influência de uma cosmovisão religiosa na estrutura do
próprio pensamento científico. Ninguém pode conceber uma ciência sem um pressuposto
de ordem.
Se a realidade fosse aleatória, ocasional, como os materialistas adoram
alardear, não existiria ciência, porque a ciência passa do pressuposto de uma
repetição de fenómenos que podem ser descritos e identificados. Existem regras,
existem leis naturais que são imutáveis.
A teoria evolucionista
desenvolvida por Charles Darwin e Alfred Wallace, no século XIX, propõe a
seleção natural como a causa principal para a explicação da evolução, o livro
“A Origem das Espécies”, publicado por Darwin em 1859, popularizou a teoria.
Por outro lado, o posicionamento
criacionista é uma cosmovisão que propõe a origem do universo e da vida, assim
como toda a complexidade encontrada na natureza, como sendo o resultado de um
ato criador intencional. Tal condição constitui inferência de planeamento.
A inferência de planeamento é uma indução puramente a posterior (depois
de examinar as evidencias) baseada em uma aplicação inexoravelmente consistente
da logica e da analogia, a conclusão pode ter implicações religiosas, mas não
depende de pressuposições religiosas.
Entre os muitos cientistas do
presente e do passado que não aceitam a proposta evolucionista por questões
científicas, deparamo-nos com, James
Clerk Maxwell, James Prescott Joule, Louis Pasteur, Gregor Mendel, Thomas Anderson, Michael Faraday, Richard Owen, William Thompson, Alexander MacAlister, William
Ramsay, apenas para citar alguns.
Tais assuntos não são novos, pois
foram debatidos na antiga Grécia por volta do século V a.C., no tempo dos
antigos filósofos, ideias sobre o universo ser eterno ou não, sobre a vida ter
surgido espontaneamente ou ter sido criada, fazia parte da discussão de então.
Na antiga Grécia tratava-se única
e simplesmente de uma discussão com ideias e acalorados pensamentos totalmente
demarcados de qualquer posicionamento religioso. Platão e Aristóteles
acreditavam que a ordem e organização que existe no universo e na vida, o tipo
de interação que ocorre, mostram e constituem sinais claros de planeamento, a
ideia de que o universo e a vida teriam vindo há existência espontaneamente,
era inconcebível.
Tales de Mileto acreditava que
tudo teria evoluído da água, esta é uma proposta com praticamente 2.600 anos,
um dos seus discípulos, Empeleis de Agrigento, acreditava que, no mundo animal,
sobrevive aquele que estiver melhor capacitado. Um grupo defendia a tese de uma
possível geração espontânea, em que tanto o universo quanto a vida teriam vindo
à existência por meio de processos chamados naturais, outro grupo defendia que
o universo havia sido criado de acordo com um plano racional.
Os raciocínios que motivaram
ambos os posicionamentos são, até certo ponto, os mesmos empregados ainda hoje.
No entanto, muitas das propostas, embora aparentemente lógicas, encontram-se
desprovidas de um embasamento solido sustentável.
A proposta das duas é bem
simples; a evolução tem uma proposta cronológica espontânea e natural, no
seguinte sentido:
1º Matéria inorgânica.
2º Compostos orgânicos.
3º Vida simples.
4º Vida complexa.
2º Compostos orgânicos.
3º Vida simples.
4º Vida complexa.
Por outro lado, dentro das provas
da paleontologia, geologia, cosmologia, biologia molecular, entre outras áreas
da ciência, tudo aponta para uma criação intencional em que matéria inorgânica
e seres vivos apareceram praticamente ao mesmo tempo. Não houve um processo de
evolução, tudo foi planeado, foi sobrenatural e é bastante evidente.
O universo veio há existência ex nihilo (a partir do nada), foi criado
completo, funcional e com uma idade aparente, o seu design, o seu propósito e
grau de complexidade, conferem-lhe a necessidade de um Criador.
Ao contrário da noção popular de que só o criacionismo se apoia no
sobrenatural, o evolucionismo deve também apoiar-se, desde que as
probabilidades de formação da vida ao acaso são tão pequenas que exigem um
“milagre” de geração espontânea equivalente ao argumento teológico.
A lei da biogénese diz que vida
gera vida, a proposta evolucionista afirma dogmaticamente não-vida gerando
vida. Isto é totalmente o oposto das leis impostas há natureza.
Como explicar que “não-vida”
teria produzido a vida?
Louis Pasteur demonstrou que micro-organismos não se formam
através da geração espontânea a partir de substâncias orgânicas. As moléculas
assimétricas (orgânicas) são sempre o resultado de forças da vida,
transcendendo a realidade da matéria. A fragilidade grosseira dos
argumentos ateístas e a constante propaganda de desinformação sublinham a
dimensão de uma fraude que desafia a descrição em qualquer língua.
Sempre, em qualquer processo se
observa que, do menos não pode vir o mais. Toda a causa tem que ser anterior e maior que o seu efeito.
A 1ª lei da termodinâmica
estabelece que, se a energia do universo for constante, a sua capacidade de
desorganização (entropia), sempre tende para o máximo. A energia do universo é
constante e a sua tendência de desorganização sempre estará indo para o máximo.
De que forma o universo poderia ter-se organizado por conta própria,
sendo que por conta própria as leis que regem o universo fazem com que ele se
desorganize?
A 2ª lei da termodinâmica corrobora que a tendência natural de todos os
sistemas é de partir do complexo para o simples, do organizado para o
desorganizado, é assim que a energia flui de um modo natural, esta é uma
lei fundamental, uma lei primária incontornável.
Em qualquer processo, a energia final produzida não pode exceder a
energia inicial utilizada, este é um facto consistentemente observado.
No entanto, no modelo da explicação evolucionista constata-se exatamente o
contrário: «A desordem gerou a ordem».
«Sendo que o universo caminha continuamente para um estado de
desorganização, ele deve ter sido energizado em algum momento, do passado, por
meio de um processo que violou a segunda lei da termodinâmica.» (Hermann
von Helmholtz)
«Não existe esperança para uma teoria se ela for contra a segunda lei da
termodinâmica, nada mais lhe resta que o seu colapso em profunda humilhação.»
(Sir Arthur S. Eddington)
A evolução quebra duas leis
básicas a respeito da vida e existência da vida, a pergunta é:
Quais as leis científicas ou
sequência de eventos prováveis (em laboratório) que corroboram a geração
espontânea de todos os sistemas de coisas?
A resposta que nos é dada é a
mesma que, supostamente, segundo eles, esteve na origem do universo, o famoso “Big
Bang”. A base cientifica que suporta este misterioso evento não é nenhuma, pois
a explicação de tal bizarro fenómeno traduz-se por, “Leis físicas estranhas e
desconhecidas”, que é exatamente a designação técnica de “milagre”.
Uma teoria que diz que o universo
começou com um milagre, não pode ser científica. Teorias exóticas e loucas
pressuposições que não tem qualquer base científica, ou seja, usando o
argumento da evolução naturalista, ela própria não tem condições para
acontecer, cientificamente falando.
O que nos é dado observar,
categoricamente, é que a natureza é formada por matéria e energia, sendo que
também é evidente que matéria e energia obedecem às leis da natureza, matéria e
energia não criam as leis da natureza. O que a ciência sabe, sem a menor sombra
de dúvida, é que não foi a natureza que produziu as leis que regem a própria
natureza, mas sem as leis da natureza, a natureza não existe.
A resposta é óbvia: «Não foi um
processo natural».
Os adeptos da evolução atribuem a
lógica empírica e cientifica a uma perspetiva, materialista, totalizante do universo,
afirmando que a ciência se pauta por um materialismo metodológico. Na verdade o
que se pretende afirmar, não é ciência, mas apenas a filosofia positivista,
comteana (Auguste Comte) do seculo IV, ou seja; trata-se de um conceito
filosófico que se tenta passar por científico. O princípio absoluto de que tudo é relativo.
O problema é que, o objeto da
ciência, apenas é o estudo dos fenómenos naturais, e não a explicação integral do universo. A ciência não se auto explica, não existem evidências
de que a ciência pode ser explicada cientificamente. As bases da ciência não
são científicas, mas sim filosóficas. Quer isto dizer que, a ciência, muito
antes de existir, ela nasce de uma especulação, e procede sobretudo de uma conceção de
ordem, uma ordem natural.
Só é possível ter ordem natural
de causalidade (ato-potencia) na condição de contingência do ser, e é
precisamente isto que nos conduz ao incremento de uma ordem natural. Esta ordem
natural não é possível dentro de um universo caótico (surgido através do caos),
a menos que se atribua à matéria a faculdade de regeneração intencional.
Mas a matéria está sujeita a um
ordenamento que ela mesma não comanda, ela tem todo um procedimento que é
inerente à sua ontologia, em cada fenómeno ela tem uma finalidade, uma
causalidade própria que exclui outras possibilidades. Este conceito de ordem,
não somente existe na natureza, como também é captado pelo homem, esta ordem
está aplicada aos fenómenos da natureza, assim como aos fenómenos da sociedade
e da moralidade.
O que é informação biológica?
A informação que existe nos
nossos genes hoje, traduzindo-se na formação espontânea de nucleótidos simples ou mesmo polinucleótidos, que deveriam ser capazes de
terem sido replicados em uma terra pré-biótica, deve agora ser considerado como
uma situação improvável à luz dos muitos experimentos sem sucesso algum.
Tem sido demonstrado de maneira
inequívoca, por um grande número de cientistas, que todas as teses
evolucionistas afirmando que os sistemas vivos se desenvolveram de
polinucleótidos tendo-se originado espontaneamente, não possuem nenhum
embasamento empírico.
Que adaptação é um facto real,
disso ninguém tem dúvidas, mas a teoria sintética tenta provar o postulado de
que macroevolução ocorreu.
A pergunta é?
O meio ambiente produziu uma
carga genética que não existia antes, ou o meio ambiente ativou uma carga
genética que já estava presente?
O que é
observado empiricamente, em laboratório, é que as variações (adaptações) estão
presentes na informação genética. Evolução significaria o aparecimento de uma
função ou um órgão que não existia antes. O problema principal consiste em provar a macro evolução, excluindo a
adaptação.
«Não existe nenhum traço de
evidência a nível molecular para a tradicional sequência apresentada pela
evolução» (Consideração final do Dr. Colin Patterson, Senior Principal Scientific
Officer British Museum “Natural History”)
Pelo facto de não ser possível o acesso ao conhecimento na origem da
criação, não inviabiliza toda uma pesquisa relacionada com os sinais detetáveis
de um projeto inteligente, de um autor. Sinais de complexidade e informação
encontram-se na natureza e não vieram à existência por meio de processos
espontâneos, o design na natureza é real, resta saber se esse design é
intencional ou não.
A função da ciência não é provar
como o universo e a vida teriam surgido espontaneamente, mas sim como o
universo e a vida teriam surgido. Espontaneamente, ou não, é apenas uma das
opções.
Devemos observar o seguinte:
O elemento básico informação
(código) é uma entidade mental, não material. Não é uma propriedade da matéria,
tanto é que processos puramente naturais (materiais) são fontes
fundamentalmente incapazes de gerar informação.
Quando tratamos da questão
informação, existem três evidências importantes e sérias que confirmam um ato
criador.
1º Um sistema de códigos é sempre
resultado de um processo mental, isto é, requer uma origem inteligente ou um
inventor. O ADN é um sistema de código.
2º Não existe nenhuma lei natural
conhecida na qual matéria possa trazer há existência informação, nem tão pouco
existe algum processo físico ou fenómeno material que possa fazer a mesma
coisa.
3º Não existe nenhuma lei da
natureza, nenhum processo e nenhuma sequência de eventos conhecidos que possam
fazer com que informação possa originar-se por si mesma da matéria.
Porquanto as leis da natureza não
são naturalistas, a sua origem não provém da natureza. Então a pergunta é:
Qual a origem das leis da
natureza, sendo que estas leis se encontram além da própria natureza?
Certamente
a ciência, por si só, não explica este fenómeno, pois a natureza é governada
por imposições matemáticas improcedentes de uma constante observável, e como tal, não é possível, através do método
científico, determinar a origem das regras impostas no comportamento dos
átomos. Processos naturais produzem alterações nos códigos de informação, mas quando estamos na presença de
mecanismos complexos com propósito específico, a manifestação constitui
antevidência que nos remete a um originador.
As assertivas adjacentes na contradição do argumento materialista, revelam que a evolução nem tão pouco chega a ser uma teoria, é apenas
uma conjetura impossível de testar em laboratório. Evolução é uma hipótese, uma proposta que tem como objetivo
primário, explicar um fenómeno observável, não necessita ser testável, mas
admissível.
Em virtude de uma compreensão
adequada, é relevante notar que, teoria científica significa uma proposta
analítica que visa compreender, explicar e fazer predições sobre um determinado
fenómeno. Necessita ser testável. Não obstante, lei física é um mecanismo que
rege os fenómenos naturais, testados e comprovados.
O criacionismo não é um
posicionamento religioso, é uma proposta científica, filosófica extremamente
interessante. A investigação racional pode revelar o funcionamento mais
intrínseco da natureza, uma posição sustentada por cientistas tanto do passado
como do presente.
O criacionismo afirma que
processos naturais e leis da natureza, não teriam trazido há existência o
universo e a vida. A criação é uma sequência de atos sobrenaturais em um curto
espaço de tempo, durante o qual, do nada (ex-nihilo), toda a natureza veio à
existência.
Quais são as evidências da criação?
Na verdade, existem evidências científicas que demonstram que tanto o
universo quanto a vida fora previamente projetado. Todas as descobertas da
ciência, e todos os raciocínios filosóficos, apontam para a criação sobrenatural
no domínio metafisico. O exame sincero da verdade e
da realidade, leva inexoravelmente à conclusão de que todas as coisas refletem
a revelação direta, em ato continuo, no Ser absoluto. Somente uma total recusa de perceber a
realidade, é que se poderá afirmar o contrário.
Da mesma opinião era o fundador da termodinâmica, James Prescott Joule, que ao estudar a
energia cinética do calor (agitação de moléculas sem perder intensidade gradual)
afirmou que o próximo passo após o conhecimento e a obediência à vontade de
Deus, deve ser conhecer algo sobre os seus atributos de sabedoria, poder e
bondade manifestos nas obras das suas mãos. Acho difícil compreender um
cientista que não reconhece a presença de uma racionalidade superior por traz
da existência do universo.
Isaac Newton, fundador
da física clássica e descobridor da lei da gravidade, declarou:
“A maravilhosa disposição e
harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo
sabe e tudo pode. Esta passa a ser a minha última e mais elevada descoberta”.
Uma vez que a estrutura do universo é a mais perfeita e o trabalho de um
sábio Criador, nada acontece, no universo, sem que uma regra de um máximo ou de
um mínimo apareça, esta convicção é sustentada pelo proeminente matemático Leonhard Euler que em suas descobertas
vinculou o cálculo diferencial e funções transcendentais de análises
matemáticas (beta e gama). Também James
Clerk Maxwell, fundador do eletromagnetismo, defendeu o posicionamento de que
todas as coisas foram criadas de forma prodigiosa.
Johannes Kepler, quando desvendou as leis do movimento planetário proclamou:
“Deus, o Criador, trouxe à existência todas as coisas do nada”
Johannes Kepler, quando desvendou as leis do movimento planetário proclamou:
“Deus, o Criador, trouxe à existência todas as coisas do nada”
Para que realmente se
chegue ao conhecimento da verdade, ao
entendimento de uma realidade que é causa primeira e fim último de todas as coisas,
o homem não pode renunciar, nem ao conhecimento dos sentidos, nem ao
conhecimento intelectivo, por abstração.
A falácia propagandista e as mentiras falaciosas do
ateísmo militante, evidenciam única e simplesmente, a recusa de constatar os
fundamentos pelos quais se acredita na verdade, ou seja; se a realidade não é
aquilo que eu idealizo como realidade, então eu preciso negar a realidade para
sustentar uma fantasia ideológica. Tudo isto demanda uma certa reflecção e um
questionamento dos próprios postulados interiores, mas eles simplesmente
ignoram o óbvio e orgulham-se da sua própria estupidez.
Contra a
metafísica clássica, a metafísica moderna ao invés de procurar atingir o ser
inalcançável pela razão, procura apenas criticar a razão, demarcando os limites
de sua atuação. Em decorrência deste miserável raciocínio, entre posições contraditórias, a pessoa
subordina o juízo às contingências da evolução mecanicista, conta uma mentira
para si mesma, e faz um tremendo esforço, violentando a sua própria
consciência, procurando suprimir da memória a verdade que ela não quer
reconhecer.
É comum nas
pessoas que se encontram nesta situação, para reduzir o desconforto, ao invés
de reconhecer a contradição e abandonar a falsa convicção, reconhecendo o erro,
tentar, mediante o auto engano, iludir-se desenvolvendo uma espécie de síntese
dialética, tendo na premissa de interpretação filosófica, a
imanente contradição entre
aquilo que se acredita em profundo confronto com a realidade.
Por incrível
que possa parecer, a tese evolucionista é mais religiosa do que científica,
porque deliberadamente deixa sem
resposta a formidável questão da origem da vida, apenas propõe soluções
ilusórias, não menos formidáveis, nas transformações evolutivas. A evolução,
supõe a existência de uma natureza etérea, dotada de poderes, radicalmente
diferentes de tudo o que é conhecido cientificamente.
Para ser
coerente, o evolucionismo descamba necessariamente no panteísmo, sendo que deve
admitir que a matéria sempre existiu, portanto, que ela é eterna, infinita e omnipotente,
o que significa dar à matéria as qualidades próprias de Deus. O ateísmo de
Darwin só mascara um panteísmo subjacente.
A
ingenuidade geométrica, de alguns cientistas, chega ao absurdo de imaginar que
o evolucionismo darwiniano é um posicionamento puramente científico, sem
nenhuma relação com a história, com a filosofia ou com a religião. Eles
imaginam que o evolucionismo surgiu apenas, e tão só, dos estudos científicos
de Darwin e de seus seguidores, todos hermeticamente isolados em seus
laboratórios, profilaticamente preservados de qualquer contágio metafísico ou
teológico.
O pensamento evolucionista de Darwin não era uma simples hipótese
científica que ocorreu para combater ideias religiosas admitidas em certas
questões. Era antes, o produto e uma parte essencial, de uma visão do mundo
proximamente ligada à produção da revolução industrial e às inovações
políticas. Portanto, o
darwinismo só pode ser entendido como parte de uma “visão de mundo”, de uma visão obstinadamente revolucionária.
A essência do darwinismo
reside numa única frase, “a seleção
natural é a força criativa principal da mudança evolutiva". Quer isto
dizer que, a doutrina darwinista submete a evolução à lei da
sobrevivência do mais apto, as espécies lutam entre si, e as mais fracas, ou as
menos aptas, desaparecem, é a vitória do mais apto que garante o progresso da
evolução. Esta “lei universal” deve ser aplicada, também, dentro de cada
espécie, tornando maior a probabilidade de se aperfeiçoar e de sobreviver.
O próprio Charles Darwin, em sua autobiografia, confessa que foi ao ler uma obra de Thomas
Malthus sobre população, que teve a
ideia da seleção natural, a conclusão
primária originou-se, por analogia, através da luta pela sobrevivência entre indivíduos para seus próprios
benefícios, a qual faria sempre o mais fraco ser eliminado. É notável como Darwin reconhece, entre
animais e plantas, uma sociedade com divisões de trabalho, competição, e
abertura a novos mercados, com a eliminação do mais fraco, justificando
a lei do mais forte.
Tais fatos são
altamente comprometedores, na medida em que o evolucionismo tem sido
sistematicamente apresentado como uma teoria puramente científica e biológica,
quando na verdade não é.
Pierre
Thuillier, em seu livro “Darwin et Cie”, descobre o ideólogo escondido no
“cientista” Charles Darwin:
«Ele havia decidido, antes mesmo de ter interpretado as suas famosas
observações, que devia formular uma explicação global mecanicista. Darwin era
um militante do ateísmo e do materialismo e tomava muito cuidado em esconder as
suas verdadeiras motivações sob a aparência de um procedimento científico
rigoroso.»
Devo acrescentar o seguinte:
Toda a ofensiva da ciência, pela teoria da evolução, está duplamente
envolvida em ideologia; Por um lado, o próprio Darwin confessa que a sua visão
materialista precedeu a coleta dos fatos. Por outro lado, desde há 100 anos o
darwinismo alimenta outras teorias, com diferentes ideologias, que extraem do
darwinismo justificativas para a sua filosofia ou metafísica.
Por
conseguinte, o evolucionismo atual é mais do que uma teoria biológica, é um
princípio absoluto, um dogma religioso de uma metafísica relativista que se
sustenta na contradição sintomática de um relativismo fundamentado em um
princípio abstrato.
É esta
adesão incondicional a uma conjetura, jamais demonstrada, mamíferos que procedem de lagartos, e
lagartos que se originam através dos peixes, que explica a origem destas escandalosas metamorfoses
de uma teoria que, no seu reportório, conta com o maior número de fraudes e
escândalos na história da ciência.
O célebre
evolucionista, Richard Lewontin, confessou:
«Nós ficamos do lado da
ciência, apesar do patente absurdo de algumas de suas construções,
apesar de seu fracasso para
cumprir muitas de suas extravagantes promessas, apesar da tolerância da
comunidade científica em prol de teorias certamente não comprovadas, porque nós temos um compromisso
prévio, um compromisso com o materialismo. Não é que os métodos científicos nos obriguem a aceitar uma explicação
material dos fenômenos do mundo, mas, ao contrário, somos forçados por nossa prévia adesão à conceção materialista do universo, a criar um aparato de
investigação e um conjunto de
conceitos que produzam explicações materialistas. Não importa quão contraditórias, quão enganosas e quão
mitificadas.» (New York
Reviews of Books, 1987).
Fica então
claro, que o evolucionismo não tem origem científica mas ideológica e
religiosa. O evolucionismo não nasce de uma pesquisa científica imparcial, e
sim de um ateísmo anterior que pretende, mais do que provar a evolução, negar a
existência de um Criador. O evolucionismo é fruto necessário do ateísmo.
A teoria
evolucionista, materialista, tendo raízes na filosofia nominalista de Ockham,
adquiriu, múltiplas formas, e em todas, procura dar aos problemas metafísicos
uma solução de caráter racionalista, cientificista, mecanicista e materialista.
O evolucionismo parte do pressuposto que a matéria está em perpétua e infinita
evolução, e que existe um verdadeiro monismo metafísico. É esta conceção de
realidade igualitária do ser, que revela o seu fundo religioso.
A ideologia
materialista afirma que, a causa da vida é totalmente material. A simples
ordenação da matéria tem o poder de gerar a vida, ou seja; a finalidade última
do “vir a ser” é a manifestação de uma “força misteriosa”, imersa na matéria,
que procura acionar uma constante reação. Esta explicação não é mais que uma
expressão da gnose, em roupagem científica, e não passa de um silogismo cujas
origens remontam a Eckhart e ao misticismo das seitas medievais.
Quando a ciência deixa de ser questionável passa a
ser dogmática, tornando-se numa religião, o problema reside no facto de pessoas
que concentram as suas atenções em motivações ideológicas e não em propostas puramente
científicas. Mas não é de espantar, porque tais maravilhosos pensamentos,
proveem sempre, de mentes desprovidas das realidades metafisicas, apenas se
detêm na filosofia existencialista.
Curiosamente,
hoje, o dogma da evolução é aceito por quase todos sem qualquer exame mais
profundo. No meio académico, é geral a aceitação de que o homem tem origem
simiesca, ou de um ancestral comum do macaco e do homem. Entretanto, ninguém se
pergunta que animal irá ser gerado pelo homem no futuro. Pois se a evolução é
lei geral e fundamental da natureza, ela fará o homem evoluir para um estágio
que estará para o homem, assim como este está para o macaco. Noutros termos,
deveria surgir um super-homem.
Será possível acontecer que algo
teria vindo à existência espontaneamente?
Para
produzir o ADN, em uma célula, são necessários 75 tipos diferentes de proteínas
formadas na combinação de 20 aminoácidos específicos (proteinogénicos),
contudo, estas proteínas apenas são sintetizadas sob a orientação do ADN, ou
seja, um requer o outro.
O enigmático processo de,
tradução, replicação e transcrição, é o efeito da informação controlada,
observada nas células. A complexidade da mais simples célula conhecida é tão
grande, que é impossível aceitar que tal objeto possa ter sido colocado junto,
rapidamente, por algum tipo fantástico, altamente improvável de evento, tal
fenómeno seria indistinguível de um milagre. A geração de um organismo vivo é impossível, a alternativa sensata seria
o ato único e primário da criação sobrenatural.
O código genético é uma molécula que contem informação rigorosamente
codificada e extremamente organizada. Vida somente existe através de informação
genética codificada, a qual não surge espontaneamente do nada.
Para descobrir a origem da vida, não adianta saber a origem do ADN, é
necessário saber a origem da informação guardada no código genético.
Seria concebível aceitar que a codificação
que produz a vida teria sido apenas fruto do acaso?
A experiência que temos é que,
por acaso, coisas não acontecem, o acaso nunca produziu nada.
Toda a informação é produzida por atividade mental, sendo que, quanto
maior for a complexidade, maior é a inteligência que está por traz. A
habilidade das mutações randómicas e da seleção natural, não podem explicar a
origem e a complexidade da vida.
A inimaginável grandiosidade do
código genético existente em um ser humano é tal, que, o conjunto dos
comprimentos de todos os segmentos do ADN proveniente das células, encontradas,
é equivalente a 550 mil vezes a distância da Terra à Lua. A reconstituição aleatória, letra por letra,
dos 32 volumes de uma enciclopédia britânica, representa apenas um milésimo da
probabilidade do ADN de um protozoário ter surgido por conta própria
(espontaneamente).
A suposta
evolução nem sequer pode ser considerada uma teoria, ela não pode ser testável,
não existe um único laboratório no mundo que demonstre, experimentalmente, a
evolução de um invertebrado convertendo-se em um vertebrado, ou como um peixe
evoluiria para um anfíbio, um anfíbio num reptil, um reptil numa ave, ou seja
lá o que for. Isto não é testável. Ou seja, tecnicamente eu teria que
considerar a evolução como uma mera hipótese, não uma teoria.
Muitas
pessoas confundem variação com evolução, as variações ou adaptações não são
necessariamente sinais de evolução, pelo contrário, estas capacidades de
modificação são possíveis até um certo limite, são limitadas. Quando observamos
variação, adaptação, especiação, especialização, no fundo estamos na presença de
um mecanismo fantástico que faz que formas de vida tenham condição de se
adaptar dentro de determinados ambientes.
Não existe um único exemplo
comprovando informação genética codificada surgindo por meio de processos
naturais, porque isto simplesmente não ocorre. Evolução é tão-somente uma
hipótese, uma proposta filosófica que não precisa ser testável.
Qualquer teoria necessita ser
testável, esta é uma definição da própria ciência, temos que saber distinguir
entre ciência devidamente estabelecida e posicionamento científico (preferência
teológica).
No campo da ciência verificam-se
três posicionamentos pessoais que emergem no confronto de ideias influenciando
a preferência e escolha de um posicionamento científico para estabelecer um
princípio no âmbito pedagógico:
- Os teístas creem no Deus criador
cooperando com a criação.
- Os deístas creem que Deus criou o universo e foi fazer outra coisa.
- Os ateístas não acreditam em Deus ou em algo semelhante.
- Os deístas creem que Deus criou o universo e foi fazer outra coisa.
- Os ateístas não acreditam em Deus ou em algo semelhante.
No entanto, é impossível
descrever a natureza sem recorrer a palavras com terminologia de planeamento,
design, função, obra, estrutura, propósito, eficiência, interação, controle e
resultado. Tem sido recorrente, na literatura naturalista, evolucionista, a
utilização de termos que estão relacionados com processos de criação, aplicados
a mecanismos meramente aleatórios. Significa isto que a verdadeira ciência
claramente aponta para a existência de uma inteligência superior, consistindo
na opção mais óbvia e coerente com a evidência.
A biodiversidade é a causa da
variedade.
As unidades hereditárias chamadas
genes, recombinam-se em formas diferentes de uma geração para outra. Diferentes
combinações são formadas, não novos genes. Estas combinações produzem variações
dentro de uma mesma “espécie”. Contudo existe um limite para que tais
combinações sucedam. (Lei de Mendel: “Lei da hereditariedade”)
A base do criacionismo está
factualmente ligado às evidências relacionadas com os sinais de inteligência, a
ideia de complexidade e informação, um ato criador. Os sinais são detetáveis. Todas as coisas criadas constituem o produto de um ato único e soberano por
parte de um criador omnisciente, omnipotente, e pessoal, o qual não depende da
sua criação para sua existência, nem é parte dela.
Todas as formas de vida foram criadas
simultaneamente de forma sobrenatural, completas no sentido se serem perfeitas,
complexas, resultado de um projeto inteligente, com diversidade básica e
capacidade de adaptação limitada (teor de informação genética quantitativa).
- Peixes, sempre foram peixes.
- Anfíbios sempre foram anfíbios.
- Répteis sempre foram répteis.
- Mamíferos sempre foram mamíferos.
- Aves sempre foram aves.
- Anfíbios sempre foram anfíbios.
- Répteis sempre foram répteis.
- Mamíferos sempre foram mamíferos.
- Aves sempre foram aves.
Formas de invertebrados e
vertebrados, etc., todos foram criados com uma capacidade de variação restrita,
a diversificação é o resultado de um design inteligente. Para encontrar as
formas de vida perfeitas temos que voltar ao passado, quando todas as formas de
vida ainda conservavam a totalidade genética (tipos básicos com possibilidade
de variações).
Toda esta questão está
relacionada com a ideia de complexidade e especificação no limite dos processos
naturais, ou seja, há medida que seres vivos se vão especializando, vai
diminuindo a capacidade de opções de variação. Como resultado da diminuição da
reserva genética, o que literalmente ocorre não é um processo de evolução, mas
sim um processo de extinção.
O que sucede nas diversas
espécies do mundo animal, incluindo os humanos, representa um conhecido
paradoxo para os biólogos evolucionistas. A seleção natural não tem poder evolutivo, mas apenas conservativo.
Macroevolução é um dogma do ateísmo, um mito inconsequente, e como tal, vai
sendo sustentado, a despeito das evidências em contrário.
Romão Casals
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